Gol fora de casa na derrota por 2 a 1 no Horto classifica o time para a semi da Libertadores
O São Paulo suportou uma enorme pressão do Atlético-MG na noite desta quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, e avançou para a semifinal da Libertadores. A classificação veio graças ao gol marcado fora de casa na derrota por 2 a 1 – o primeiro jogo terminou 1 a 0 para o time do Morumbi. Herói da noite, o zagueiro Maicon se destacou pelos desarmes e fez, de cabeça, o gol que garantiu o São Paulo entre os quatro melhores times do continente. Cazares e Carlos marcaram para o Atlético-MG.
A princípio, a equipe paulista espera por Nacional de Medellín ou Rosario Central na semifinal. No entanto, caso a equipe argentina passe e o Boca Juniors elimine o Nacional de Montevidéu, os dois times da Argentina se enfrentaram obrigatoriamente. Nesse caso, o São Paulo enfrentaria Independiente del Valle ou Pumas. As semifinais acontecerão em 6 e 13 de julho, após a Copa América.
De quebra, o São Paulo quebrou um longo tabu. Desde 2005, ano do tri continental, a equipe sempre foi eliminada da Libertadores por adversários brasileiros. Foi assim diante de Internacional (2006 e 2010), Grêmio (2007), Fluminense (2008), Cruzeiro (2009 e 2015) e do próprio Atlético-MG (2013).
O jogo – Os dois sobreviventes brasileiros na Libertadores fizeram o jogo mais emocionante do futebol nacional no ano. Nos 15 primeiros minutos, a partida tinha mudado três vezes de panorama. Aos 6, o Atlético fez gol com Cazares e levava a decisão para os pênaltis. Depois, com 11, Carlos ampliava de cabeça e fazia a equipe da casa avançar. Aos 14, Maicon completou de cabeça e recolocava o São Paulo na fase seguinte.
O primeiro tempo não se resumiu aos três gols em 14 minutos. O Atlético ainda reclamou de um pênalti em Leonardo Silva e acertou a trave com Lucas Pratto. Aliás, bola alta na defesa do São Paulo era certeza de lance de perigo. O time visitante ameaçou no último lance do primeiro tempo. Rodrigo Caio também acertou a trave, no único momento em que os atleticanos fizeram silêncio no estádio.
O Atlético voltou ao intervalo acolhido pela torcida com o grito do “Eu, acredito”, espécie de mantra entoado desde a conquista da Libertadores de 2013. O coro motivou a equipe a aumentar a pressão e insistir nos lances aéreos. O São Paulo teve o mérito de suportar o sufoco e não repetir o fracasso defensivo do começo de jogo.
O passar do tempo fez o ambiente inverter a pressão. Era a vez do Atlético sentir a ansiedade pelo gol salvador para acalmar a torcida. O time passou 15 minutos sem chutar a gol. O São Paulo tentava ser calculista, ao avançar para o ataque com calma, com cada palmo estudado. No final mais emoção: Dênis defendeu uma cabeçada de Leonardo Silva aos 45 minutos e no último lance, aos 51, Pratto isolou uma falta perto da área.
(Com Estadão Conteúdo)