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Estádios Paulistas: Rua Javari

Estádio virou propriedade do Juventus somente em 1976

Publicado por: Redação PLACAR em 03/02/2017 às 16:53 - Atualizado em 03/02/2017 às 16:53

O site de PLACAR da sequência nesta semana uma série com a história da compra dos terrenos e estádios dos maiores times de São Paulo e alguns outros da capital paulista. Com ajuda de Augusto Pigini do Colégio Notorial do Brasil – Seção de São Paulo, tivemos acesso às certidões da escritura de venda e compra das principais praças esportivas da cidade de São Paulo, além da Vila Belmiro, em Santos.

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Hoje falaremos sobre a Rua Javari, o estádio Conde Rodolpho Crespi, que está intimamente envolvido na aquisição do estádio pelo clube da Móoca, Juventus. A história é curiosa e envolve diversas fases, em diversos anos distintos.

Tudo começou com a herança da Condessa Marina Regoli Crespi do terreno onde hoje fica o estádio, no ano de 1939. Todo o conjunto foi comprado com o tempo por seu marido, Conde Rodolfo Crespi, que começou a montar o local onde seria o estádio que leva seu nome.

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A primeira compra aconteceu ainda em 1910, quando Rodolfo Crespi comprou uma chácara por 35 contos de réis, que tinha acesso pela Rua dos Trilhos, João Antonio de Oliveira, Candido Franco de Lacerda e, completando isso, uma área de 1400 metros quadrados na esquina da Rua Javary com a rua João Antonio de Oliveira.

A primeira compra do Conde Rodolfo Presti – Reprodução

A segunda foi em 1922, com 33 metros de frente e 65 de fundo, pelo valor de 50 contos de réis, pagos a uma pessoa não revelada nos documentos. Esse primeiro terreno tinha cocheira e tanque para duchar animais, sendo uma espécie da chácara da rua Conselheiro Justino.

A segunda compra do Conde Rodolfo Presti – Reprodução

O terceiro imóvel foi adquirido em 1925. Tratava-se de uma Chácara Oratório, na rua do Oratório, que pertencia a Astenore Bertozzi, falecido em 1924. Por esse terreno, o conde pagou 235 contos de réis.

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A terceira compra do Conde Rodolfo Presti – Reprodução

Por fim, em 1934, um terreno de 2.875,59 metros quadrados na Rua do Oratório foi adquirida. O local pertencia, entre outras, à Banca Francese e Italiana.

A quarta compra do Conde Rodolfo Presti – Reprodução

Em 1939, finalmente, Marina Regoli Crespi, a condessa herdou um terreno no valor de 810 contos de réis, em uma série de terenos, em que seu marido havia comprado com o tempo. O mais importante ficava entre a Rua Javari e Rua dos Trilhos, onde estava localizado o campo de futebol e avaliado em 350 contos de réis.

A herança que a Condessa Marina recebeu após a morte de seu marido Rodolfo – Reprodução

Em 1946, a Condessa vendeu esse terreno à empresa de seu marido, o Cotonifício Rodolfo Crespi S.A., representado por seu presidente Dr. Fábio da Silva Prado, também pertencente à família Crespi, casado com Renata Crespi, filha de Rodolfo. A área de 12.385 metros quadrados foi vendida por 1,5 milhão de cruzeiros.

A venda do estádio da Condessa para a ex-empresa de seu marido, agora de seus filhos – Reprodução

Depois de todas essa passagens, somente em 1976, no dia 25 de maio, o Clube Atlético Juventus fez a compra de seu estádio junto ao Cotonifício, que vendeu por meio de seu diretor, Raul Crespi, filho de Rodolfo, que morreria quatro anos depois.

Representando o Juventus, estava Américo Egídio Pereira, presidente do clube. Na época, o terreno já era o estádio, já batizado de Rodolfo Crespi, com área já de cerca de 15 mil metros quadrados. Na época, o Juventus pagou 800 mil cruzeiros pelo local, que já fora pago em 1967 pelo clube.

Finalmente o estádio é vendido ao Juventus, somente em 1976 – Reprodução

Apesar de só ter passado para as mãos do clube em 1976, o local sempre foi construído e pensado para ser um clube dos italianos da Móoca. Fundado em 1924, o Juventus precisava de uma casa. Com as aquisições do Conde Rodolfo Crespi, o local foi ganhando forma de 1925 a 1929, quando teve o o campo inaugurado, em uma derrota de 1 x 2 para a Roma. Somente em 1941 o estádio, como é hoje, começou a ganhar formato. Em 2004, o local entrou em uma lista de possíveis locais a serem tombados como patrimônio cultural, pela comunidade mooquense. Hoje, para ser modificado, o lcaol precisa de uma aprovação especial.

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