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Estádios Paulistas: Morumbi

A polêmica da doação do terreno

Publicado por: Redação PLACAR em 10/02/2017 às 17:01 - Atualizado em 10/02/2017 às 17:01

O site de PLACAR da sequência nesta semana uma série com a história da compra dos terrenos e estádios dos maiores times de São Paulo e alguns outros da capital paulista. Com ajuda de Augusto Pigini do Colégio Notorial do Brasil – Seção de São Paulo, tivemos acesso às certidões da escritura de venda e compra das principais praças esportivas da cidade de São Paulo, além da Vila Belmiro, em Santos.

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Hoje falaremos de um estádio que tem uma aquisição polêmica até hoje. Torcedores rivais dizem que o São Paulo ganhou do Estado do seu estádio, enquanto o torcedor são paulino nega. Contudo, o que foi doado, mas não pelo Estado, foi o terreno em que foi construído o Morumbi, anos depois.

São Paulo iniciou a construção do seu estádio em 1953 – Reprodução

Em 1952, no dia 4 de agosto o São Paulo recebeu a doação de um terreno, no Jardim Leonor, de 2.246.220,63 m² da Imobiliária e Construtura Aricanduva, presidida por João Jorge Saad, que hoje dá nome a umas das vias vizinhas ao estádio. Saad foi um dos donos do grupo Bandeirantes e, na época, era genro do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Já o presidente do São Paulo, que adquiriu o local, era Cícero Pompeu de Toledo, que hoje dá nome ao estádio.

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A participação da prefeitura foi como interveniente, ou seja, quem mediou a doação, por meio do então prefeito da capital, Armando de Arruda Pereira. O São Paulo aceitou a doação e prometeu que, em 3/4 da área construiria um estádio de futebol e na parte restante um parque infantil, que seria mantido pelo São Paulo, com acesso franqueado a todas as crianças. Havia também a obrigação de reservas 25.000 m² para a construção de um estacionamento. Além disso, a obra do estádio deveria começar em dois anos, tendo que terminar a construção em um período de dez anos.

Morumbi foi construído nos anos 1950 – Reprodução

Para questões fiscais, ficou estabelecido que o terreno valeria 500 mil cruzeiros na época. 

Meses depois, no dia 12 de novembro de 1952, a Imobiliária e Construtora Aricanduva fez outra doação, de um terreno de 25 mil m², no valor de 200 mil cruzeiros, anexo ao outro terreno, doado anteriormente. O terreno também faria parte da praça esportiva que estava sendo construída no terreno.

Com a venda do estádio do Canindé, o São Paulo investiu em material de construção e na construção do estádio, que começou em 1953. Em 1960, ou seja, oito anos após a doação do terreno e sete anos após o início das obras, o estádio foi inaugurado.

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Morumbi foi construído nos anos 1950 – Reprodução

Em 2016, a Prefeitura de São Paulo entrou na Justiça para considerar nula a doação do terreno, já que o local havia sido destinado para o uso público. Antes de ser adquirida pela Imobiliária Aricanduva, o local estava destinado a ser praça pública. Contudo, logo após adquiri-lo, a empresa manifestou seu desejo em doar o terreno para que o clube construísse seu estádio. O Departamento de Urbanismo, inicialmente, foi contra, mas depois foi convencido por Cícero Pompeu de Toledo a ceder. 

Ao Globo Esporte, na época, o São Paulo se defendeu. “É importante frisar que não se trata de uma cessão de terreno público, e sim entre duas entidades particulares. A construtora decidiu alterar o projeto de loteamento e mudou a praça desporto para o que hoje é a área do clube, e pediu duas contrapartidas: a construção de um estacionamento (o edifício garagem que hoje já existe no Morumbi) e um parque (a sede social), sem determinar se deveria ser gratuita ou não. Esse procedimento, cabe frisar, teve anuência da prefeitura. Apesar do tom alarmista com o qual a notícia veio a público, o São Paulo está absolutamente tranquilo com o questionamento porque atendeu a todas as exigências solicitadas pela construtora à época e está pronto para dialogar com todos os órgãos competentes para explicar sua posição. O clube também explica que ainda não foi notificado da ação”.

Em 1969, já com nove anos, o estádio Tricolor não tinha na em volta – Reprodução
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