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Esporte

Presidente do Corinthians escapa de impeachment

Roberto de Andrade recebeu apoio de 183 conselheiros e permanecerá no cargo até fevereiro de 2018. Crise esportiva e financeira, porém, ainda incomoda

Publicado por: Da redação em 21/02/2017 às 09:15 - Atualizado em 21/10/2021 às 02:07
Presidente do Corinthians escapa de impeachment
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade durante coletiva no Parque São Jorge, sede social do Corinthians após decisão do conselho deliberativo do clube de não início ao seu processo de impeachment

O presidente Roberto de Andrade escapou do processo de impeachment no Corinthians. A votação para julgar os atos do dirigente sequer foi realizada, após muita confusão na reunião entre conselheiros do clube na noite desta segunda-feira, no Parque São Jorge. Uma votação prévia foi suficiente para livrar Roberto de Andrade de qualquer punição e garantir a manutenção de seu mandato, que se encerra em fevereiro de 2018.

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O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, decidiu abrir votação de admissibilidade do processo contra Roberto de Andrade. Existia uma brecha no estatuto do clube que permitia a realização desta “pré-votação”. Inicialmente, o voto dos conselheiros seria secreto, mas Strenger sugeriu que o voto fosse aberto. A decisão gerou muita discussão, então definiu-se voltar a opção secreta.

Compareceram 266 conselheiros dos 341 possíveis e 183 optaram para que não fosse realizada a votação, contra 81 a favor do impeachment. Houve ainda um voto em branco e mais um voto nulo. Com isso, não se atingiu a maioria simples necessária para a aprovação dos motivos da convocação para análise da destituição do presidente.

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Inconformada com a decisão, a oposição, capitaneada pelo conselheiro Romeu Tuma Jr., tentou barrar a “pré-votação” em um primeiro momento e depois prometeu recorrer da decisão. Para que uma nova votação do impeachment aconteça, porém, seria necessário um fato novo além dos expostos na tentativa inicial desta segunda-feira.

Roberto de Andrade concedeu entrevista e se disse “de alma lavada”.  “Se acontecesse o impeachment, seria a injustiça da injustiça. Conseguimos mostrar para a maioria que estávamos certo. O pedido de impeachment foi motivado por um grupo querendo o poder no clube. “

Ele, no entanto, prometeu unir forças dentro do clube para tirar o Corinthians da crise. “Quero agradecer os 181 votos, que não votaram no Roberto, mas votaram no Corinthians, para o que é melhor para o clube. Vamos fazer um mandato com tudo aquilo que sonhamos sempre, sem grupo político. Quem quer o bem do Corinthians que se junte a nós para recolocarmos o clube no lugar de onde nunca deveria ter saído.”

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O ex-presidente corintiano e hoje deputado federal Andrés Sanchez, que de distanciou de Roberto, mas votou contra o impeachment, disse que espera que o atual mandatário mude sua postura. “É óbvio que um clube do tamanho do Corinthians tem que delegar e dividir o poder. Não dá para ver tudo do clube sozinho. É importante que ele tenha percebido isso”,

Entenda o caso

O processo contra o dirigente teve início em 22 de novembro do ano passado, quando 63 conselheiros entregaram ao Conselho Deliberativo do Corinthians o pedido de saída de Roberto de Andrade. A acusação citou assinaturas do dirigente em contratos do Itaquerão e em ata de uma reunião. Ele teria assinado os documentos como presidente antes de assumir o cargo em fevereiro de 2015, o que, segundo a oposição, representaria falsidade ideológica.

Roberto se defendeu alegando que assinou os papéis após assumir o cargo, mas que os documentos possuíam datas antigas, o que considerou um “equivoco”.  O que mais forçou a investida da oposição, porém, foi mesmo a má fase do clube no futebol e a preocupante dívida para quitar a construção do estádio de Itaquera.

A pressão ficou ainda maior com o passar do tempo pelo fato de o dirigente ter se afastado de alguns de seus principais aliados. A reclamação é que Roberto de Andrade tem sido muito centralizador e não ouve nem mesmo seus vices.

Para piorar a situação do presidente, o time não rendia em campo e ele fez constantes mudanças na comissão técnica, antes mesmo de ter início o processo de impeachment. Só no ano passado, foram quatro treinadores diferentes. Tite – que foi para a seleção brasileira – Cristóvão Borges, Fábio Carille e Oswaldo de Oliveira.

No dia em que anunciou a demissão de Oswaldo de Oliveira, Roberto assegurou que Carille não tinha chance alguma de ser efetivado e que iria atrás de outro treinador. Pouco depois, anunciou o ex-auxiliar técnico como novo comandante, após várias recusas. Roberto, entretanto, assegura que tentou apenas a contratação do colombiano Reinaldo Rueda.

(com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)

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