Cuca defende Egídio e se diz orgulhoso do Palmeiras
Treinador ainda disse que se sente ameaçado no cargo após eliminação para o Barcelona. “Cabe à diretoria entender o que é melhor”

O Palmeiras se despediu da Copa Libertadores ainda nas oitavas de final na noite desta quarta-feira, eliminado nos pênaltis pelo Barcelona de Guayaquil. Após a decepção no Allianz Parque, o técnico Cuca disse que se sente ameaçado no cargo no cargo, mas afirmou que se sente orgulhoso de sua equipe. E defendeu o lateral Egídio, que perdeu o último pênalti na decisão e vem sendo alvo de críticas da torcida há meses.
“Já estou cansado de falar que o Egídio é o melhor lateral esquerdo que nós temos. O pessoal pega e, às vezes, ele dá um motivo ou outro. Mas é um menino bom, de personalidade, que erra, mas sempre tenta. Fez um bom jogo e, infelizmente, perdeu o pênalti. Acontece. Ele foi lá e bateu”, disse Cuca.
Cuca negou que tenha sido um erro ter escalado um jogador tão criticado para bater o pênalti e disse que outros atletas se negaram a cobrar. “Ele não foi colocado para bater entre os primeiros e temos que respeitar a natureza dos fatos. Alguns jogadores estavam sem confiança para bater e não cabe aqui falar quais. Isso acontece. O jogador chega e fala: ‘Professor, estou sem confiança’. O Egídio foi o sexto. Podia bater outro e perder. Todos somos culpados.”
Cuca garantiu que “o time tem jogado bem” e se disse orgulhoso com o empenho dos atletas. “Não podemos ficar contentes com uma eliminação, por mais que eu esteja orgulhoso do que eles jogaram e honraram a camisa do Palmeiras até o último momento. Deram a vida. No primeiro tempo, não fomos tão bem, mas eles fizeram tudo que podiam. Não podemos reclamar de ninguém, exceto nas cobranças de pênalti.”

Cargo ameaçado
Campeão brasileiro no ano passado, Cuca retornou ao Palmeiras em 2017, para substituir Eduardo Baptista, com status de ídolo. Ele, porém, admite decepção com o trabalho e, em discurso que chamou a atenção nesta quarta, disse que entenderia se fosse demitido. “Cabe à diretoria entender o que é melhor para o Palmeiras. Se continua o trabalho ou se, de repente, é melhor fazer uma troca. Sou profissional há muitos anos e entendo essas coisas. De repente, eles pensam assim e vida que segue. Não é o que eu quero, mas tenho que entender”.
“Como um treinador pode ser eliminado na Copa do Brasil e na Libertadores com o elenco que o Palmeiras tem e não estar ameaçado? É claro que está. Tem todo direito a diretoria, o Alexandre Mattos e o presidente. Se achar que tem que trocar, tem todo direito. Eu também não estou contente com os resultados. Mas estou dando o máximo, não consigo dar mais. Estou no meu limite e vou continuar nele”, finalizou Cuca.
O presidente Mauricio Galiotte, porém, garantiu que o treinador e o gerente executivo Alexandre Mattos irão continuar no clube. “Não teremos mudanças. Fomos campeões em 2015 e em 2016 também, e o Alexandre Mattos estava aí. É um homem da minha confiança e seguirá conosco. Não tivemos um resultado bom nesse primeiro jogo. Vamos avaliar com calma, mas isso será apenas no final do ano. Temo atletas chorando no vestiário. Agora vamos levantar a cabeça”, disse Galiotte.
(com Gazeta Press)