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Torcedor tenta beijar repórter da Globo em transmissão ao vivo na Rússia

Júlia Guimarães parou a reportagem e repreendeu a atitude do russo; jornalista colombiana também sofreu assédio durante o trabalho

A repórter da TV Globo, Júlia Guimarães, foi a mais recente vítima de assédio na Copa do Mundo da Rússia. Na manhã deste domingo, a jornalista fazia uma transmissão ao vivo de Ecaterimburgo, antes do início da partida entre Japão e Senegal, quando foi surpreendida por um torcedor tentando beijá-la. Dias antes a repórter colombiana, Julieth Gonzalez Theran, foi bolinada e beijada ao vivo enquanto passava notícias sobre a Copa, na cidade de Saransk.

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A colombiana seguiu a reportagem normalmente e depois protestou nas redes sociais. A brasileira deu resposta na mesma hora: “Nunca mais faça isso. Nunca mais faça isso com uma mulher. Eu não permiti que você fizesse isso. Respeito”, afirmou a profissional, em inglês, para o rapaz. 

Em entrevista ao Globo Esporte, Júlia disse que era a segunda vez que esse tipo de assédio acontecia com ela na Rússia. “Eu nunca passei por isso no Brasil, mas que fique bem claro que é por sorte mesmo, porque acontece muito no Brasil, já vimos várias vezes com colegas da imprensa. Estou vivendo isso muito aqui na Rússia, desde olhares agressivos até cantadas em russo, que obviamente eu não entendo, mas sinto. E é a segunda vez que acontece algo físico, de um cara tentar me beijar. Na primeira vez, foi antes do jogo entre Egito e Uruguai, e eu acho que era russo. Agora com certeza era russo. É horrível. Eu me sinto indefesa, vulnerável. Desta vez eu dei uma resposta, mas é triste, as pessoas não entendem. Eu queria entender por que a pessoa acha que tem direito de fazer isso”, disse Julia.

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Nas redes sociais, a correspondente Julieth Gonzalez Theran, que trabalhava para o Deutsche WelleEspanhol, protestou contra o ocorrido. “Nós não merecemos esse tratamento”, escreveu no Twitter. “Nós temos o mesmo valor e somos igualmente profissionais.”

Assédio contra repórteres mulheres não é incomum no mundo esportivo. Em março, um grupo de 52 jornalistas brasileiras lançou uma campanha contra a prática, intitulada #DeixaElaTrabalhar.

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