Textor diz que alguns gramados parecem “um pasto de vaca”
Debate sobre gramados sintéticos cresce no Brasil. Textor defende híbridos, enquanto jogadores alertam para riscos.
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Nos últimos anos, a discussão sobre o uso de gramados sintéticos em estádios de futebol no Brasil tem ganhado destaque. O tema se intensificou com a manifestação de jogadores que se opõem a esse tipo de piso, alegando que ele pode influenciar o desempenho e aumentar o risco de lesões. No entanto, figuras influentes no cenário esportivo, como John Textor, dono da SAF do Botafogo, têm defendido a utilização desses gramados, apontando suas vantagens.
Textor, em particular, destacou a qualidade dos gramados sintéticos utilizados no estádio Nilton Santos, casa do Botafogo. Ele argumenta que, se houver uma exigência futura para a utilização de grama natural, a qualidade desses gramados precisaria ser significativamente melhorada. A sugestão de Textor inclui a adoção de campos híbridos, como os utilizados na Premier League, que combinam 20% de material sintético com 80% de grama natural.
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Quais são as vantagens dos gramados sintéticos?
Os gramados sintéticos oferecem diversas vantagens que podem justificar sua escolha por alguns clubes. Primeiramente, eles demandam menos manutenção em comparação aos gramados naturais, o que pode resultar em economia de recursos a longo prazo. Além disso, esses campos são menos suscetíveis às condições climáticas adversas, garantindo uma superfície de jogo consistente ao longo do ano.
Outro ponto levantado por defensores dos gramados sintéticos é a questão das lesões. Textor argumenta que o campo do Nilton Santos, por exemplo, tem contribuído para a redução de lesões entre os jogadores: “Eu acho que não temos uma quantidade grande de vantagem. Fomos o melhor time fora de casa no ano passado. Onde está a vantagem? Jogamos no campo deles e ainda estávamos vencendo. Achamos que esse campo reduz as lesões, comparado a outros campos que temos aqui no Brasil. Eu não entendo completamente a razão para isso. Mas se a raiz está rasa, a grama (natural) sai. Parece um pasto de vaca”
Como melhorar a qualidade dos gramados naturais no Brasil?
A melhoria dos gramados naturais no Brasil é um desafio que envolve tanto questões técnicas quanto financeiras. John Textor sugere a adoção de tecnologias avançadas, como os campos híbridos, que combinam grama natural com fibras sintéticas. Este tipo de gramado é amplamente utilizado em ligas europeias e oferece uma superfície de jogo mais durável e uniforme.
Além disso, é crucial que os clubes invistam em manutenção regular e em sistemas de drenagem eficientes para garantir que os gramados naturais permaneçam em boas condições. A formação de profissionais especializados em manutenção de gramados também pode ser uma solução para elevar o padrão dos campos no país.
O que o futuro reserva para os gramados dos estádios brasileiros?
O futuro dos gramados nos estádios brasileiros pode passar por uma combinação de inovação e tradição. Enquanto alguns clubes podem optar por continuar com os gramados sintéticos devido às suas vantagens, outros podem investir em melhorias nos gramados naturais, adotando tecnologias híbridas. A decisão final dependerá de fatores como orçamento, preferência dos jogadores e regulamentações futuras.
Independentemente do tipo de gramado escolhido, o objetivo principal deve ser sempre garantir a segurança dos jogadores e a qualidade do espetáculo esportivo. A discussão sobre gramados sintéticos e naturais no Brasil é complexa e envolve múltiplos interesses, mas é essencial para o desenvolvimento do futebol no país.