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Promotoria suíça abre processo criminal contra presidente da Fifa

Justiça investiga denúncias sobre reuniões secretas entre o dirigente e Michael Lauber, procurador-geral do país europeu

A Justiça da Suíça abriu um processo criminal contra o presidente da Fifa, Gianni Infantino, revelaram autoridades locais à agência Reuters nesta quinta-feira, 30. Um promotor especial foi designado para para investigar denúncias sobre negociações entre o dirigente e o procurador-geral suíço Michael Lauber, em reuniões fora da agenda oficial.

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Na semana passada, Lauber revelou que renunciaria ao cargo de procurador-geral, depois que um tribunal concluiu que ele havia encoberto uma reunião com Infantino e mentido para os supervisores enquanto seu escritório investigava os escândalos de corrupção na entidade que rege o futebol mundial.

Lauber apresentou oficialmente sua renúncia na última terça-feira 28, e, segundo seu escritório, deixará o cargo em 31 de agosto. Ele e Infantino negam qualquer irregularidade.

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A autoridade que supervisiona o Gabinete da Procuradoria-Geral informou que o promotor especial Stefan Keller, nomeado no mês passado para analisar as queixas criminais, encontrou indícios de conduta criminal relacionada às suas reuniões. “Isso se refere ao abuso de cargo público, quebra de sigilo oficial, assistência a infratores e incitação a esses atos”, informou o órgão de fiscalização.

Keller abriu um processo contra Infantino e um promotor público regional busca a aprovação do parlamento para que a imunidade parlamentar de Lauber seja suspensa, para que ele também possa ser formalmente processado.

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Lauber se recusou a comentar a notícia e disse que dará declarações às comissões parlamentares se necessário. A Fifa também não se pronunciou até o momento. No mês passado, ao comentar sobre as supostas denúncias, Infantino disse que “tudo isso é bastante absurdo”. “Reunir-se com o promotor principal ou o procurador-geral da Suíça é perfeitamente legítimo e é perfeitamente legal”, afirmou, em entrevista coletiva virtual, em 25 de junho.

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De acordo com as denúncias, Lauber e Infantino se encontraram duas vezes em 2016, logo após a eleição do presidente da Fifa, e novamente em junho de 2017, numa época em que procurador-geral controlava uma ampla investigação sobre corrupção ligada à entidade e autoridades do mundo todo.

As reuniões de 2016 foram reveladas em novembro de 2018 pela série Football Leaks publicada pela revista alemã Spiegel, que obteve e-mails e documentos confidenciais na indústria do futebol.

Atualmente, estão abertos processos criminais contra três ex-dirigentes da Fifa, incluindo o antecessor de Infantino, Sepp Blatter, e o executivo de futebol e televisão do Catar, Nasser al-Khelaifi. Todos os envolvidos negam irregularidades.

(com Reuters e AP)

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