PLACAR de agosto destaca Robinho Jr. e crise política no Corinthians

A edição segue com uma entrevista exclusiva com Romarinho, novo reforço do Vitória, feita pelo repórter André Avelar. Aos 35 anos, consagrado no futebol do Oriente Médio, ele quer repetir em Salvador a sua sina de decidir jogos grandes e virar xodó da torcida.

Outras duas reportagens aprofundadas fazem jus às tradições de PLACAR. Os repórteres Guilherme Azevedo e Heloísa Vasilian mergulharam nas estatísticas e ouviram especialistas para responder: qual a melhor forma de chegar ao gol com um cruzamento? Por cima, por baixo, no primeiro ou no segundo pau, com uma batida de pé aberto (destro da direita e canhoto da esquerda) ou invertido?

O estudo mostrou quem são os melhores batedores e finalizadores do país e a importância dos cruzamentos, seja de bola rolando ou parada, para as equipes campeãs. O técnico Vanderlei Luxemburgo foi um dos entrevistados para tratar do complexo tema.

E o que acontece com o futebol chinês? PLACAR destrinchou a derrocada do esporte no país mais populoso do planeta, cuja seleção nacional masculina novamente fracassou em sua tentativa de retornar à Copa do Mundo, mesmo com número ampliado de vagas.

O repórter Klaus Richmond ouviu jogadores que ainda atuam no país e o jornalista Ubiratan Leal, dos canais ESPN, que nos ajudou a explicar como, mesmo depois de uma era de contratações e salários astronômicos, o futebol na China vive grave crise esportiva e financeira.

A edição conta ainda com um perfil do atacante brasileiro Rafael, ídolo no Vietnã, os vencedores do concurso de fotografia do Museu do Futebol, trecho de um livro de Alcino, ídolo do Remo, o Time dos Sonhos do ex-zagueiro Luisão e uma coluna do ex-atacante Bebeto, herói do tetra em 1994.

Carta ao leitor:

O futebol é terreno fértil para noções equivocadas sobre revoluções e ineditismos. De tempos em tempos, jogadores, treinadores ou equipes são exaltados como precursores de um estilo, pais de determinada jogada ou estratégia. Sem olhar para o retrovisor, tudo tende a parecer histórico, inovador, uma eterna sequência de quebra de paradigmas. O uso ou desuso de pontas ou volantes, por exemplo, é alvo de debate em nossas páginas desde os primórdios de PLACAR, na década de 1970. Mas, como cantava Cazuza, o tempo não para, e constantemente vemos o futuro repetir o passado, para o bem ou para o mal.

Uma das reportagens da edição que você tem em mãos é uma releitura da capa da edição 883, de maio de 1987, que estampava: S.O.S. Corinthians. Na época, porém, o grito de socorro era, essencialmente, esportivo. “Último colocado do Campeonato Paulista, há quase 11 horas sem marcar um gol, o alvinegro busca uma saída para sua pior fase em 76 anos de vida”, dizia a reportagem assinada por Carlos Maranhão e Ubiratan Brasil.

Quase quatro décadas depois, o perigo que ronda o Timão extrapola o campo. Afundado em uma dívida bilionária e envolto em caos político com direito a impeachment presidencial, o segundo clube mais popular do Brasil não sai das páginas policiais.

Para narrar essa história, convocamos um placariano ilustre – e um dos jornalistas mais bem informados sobre o dia a dia do Corinthians. Ricardo Perrone, que passou pela revista entre 2009 e 2010, assina com o repórter Enrico Benevenutti a reportagem especial a partir da página 22. Instado a recordar sua matéria favorita, Perrone titubeia. “Teve a do Especial de 40 anos com Pelé e Neymar na capa… e uma in titulada ‘Os Donos da Grana’, também de 2010. Adoro ambas, vou ter que ficar no muro entre essas.”

O passeio por nosso acervo ao me nos pode servir de bom presságio para a fiel torcida. Dois meses depois da capa S.O.S., PLACAR estampou “O Milagre Corintiano”, destacando a reação da equipe que, com 19 pontos em 22 disputados, deixaria a lanterna e arrancaria até a final daquele Estadual – foi derrotado pelo São Paulo. O buraco hoje é mais embaixo, e, nesse museu de grandes novidades do esporte, as Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) surgem como a solução mais óbvia para o Corinthians e outras agremiações enrascadas financeiramente. Mas a grama dos vizinhos mostra que é possível ter boas e más gestões seja em qual modelo for. O que é preciso é afastar a corrupção e o amadorismo escancarados nas páginas a seguir.

O Time do Povo, como todos os outros grandes clubes, há de se reerguer – e cair, e levantar de novo, afinal, o tempo não para. Mas não pode fechar os olhos ou, pior ainda, terceirizar a culpa dos dirigentes responsáveis pela derrocada do último sul-americano campeão mundial. Nesse caso, é preciso olhar para a frente.

REFORÇO NA ÁREA

Em agosto, a PLACAR ganhou um novo programa e uma contratação de peso. Daniel Peixoto, o irreverente Alfinete, apresenta o DEBATE PLACAR, de segunda a sexta, das 11h às 12h30 (de Brasília). Completam a escalação os comentaristas Fabio Sormani, Leandro Quesada, Isabela Labate e Guilherme Azevedo.

“Teremos opiniões de gerações diferentes dispostas no estúdio. Não queremos só idades, mas, principalmente, ideias diferentes!”, explica o diretor de produção de conteúdo Bruno Neves. A atração promete maior interação com o público e, claro, informação com o selo PLACAR de qualidade. Inscreva-se no canal!