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Ouro no Rio, Micale sonha com nova medalha olímpica, agora pelo Egito

Seleção egípcia chega a Paris em busca de seu primeiro pódio no futebol; à PLACAR, técnico baiano conta como virou o jogo da desconfiança no país

As Olimpíadas de Paris-2024 têm início marcado para o próximo dia 24 de julho. Atual bicampeão no futebol masculino, o Brasil não se classificou desta vez, mas Rogério Micale, técnico campeão pela seleção na Rio-2016, vai em busca de mais uma medalha, agora dirigindo o Egito. O técnico baiano de 55 anos falou com exclusividade à PLACAR sobre seus objetivos nesta nova aventura olímpica.

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Ao relembrar o triunfo contra a Alemanha no Maracanã, Micale admitiu que a medalha de ouro o ajudou a abrir portas em outros mercados. Depois do ouro, ele passou por Atlético Mineiro, Figueirense e Al-Hilal, entre outras equipes, até assumir o Egito em agosto de 2022.

“Aqui nessa região [Oriente Médio e África] eles olham muito essa questão de currículo. E conquistar um titulo pelo Brasil é importante, foi o pontapé inicial para eu poder voltar pra uma nova Olimpíadas, o que não é fácil. Participar de uma já é difícil e disputar outra por outro país é uma marca interessante”, afirmou Rogério Micale.

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Micale, comissão técnica e jogadores -EFE/Marcelo Sayão
Micale, comissão técnica e jogadores -EFE/Marcelo Sayão

O treinador demonstrou especial gratidão a Neymar, um dos três atletas acima de 23 anos (os outros foram Renato Augusto e Weverton) a participar da campanha do ouro inédito. “Conquistar uma medalha olímpica pelo seu país é um feito que vai ficar eternizado. O Neymar já tinha uma de prata [em Londres-2012], e entrou para a história com a de ouro”.

Neymar conquistou o primeiro título olímpico do Brasil EFE/Marcelo Sayão
Neymar conquistou o primeiro título olímpico do Brasil EFE/Marcelo Sayão. 

Como chega o Egito de Micale para Paris-2024

De uma seleção “desacreditada” à glória de se classificar para as Olimpíadas, o treinador afirmou que sempre acreditou no projeto, mesmo quando parecia que não daria certo.

“Nosso coletivo tem sido exaltado pelo país e pelas pessoas. A princípio houve um descrédito local por essa geração, inclusive houve treinadores que rejeitaram assumir essa equipe porque não viam possibilidade de conseguir se classificar para as Olimpíadas”, contou.

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Rogério Micale celebrou o fato de ter dois jogadores da seleção olímpica convocados pela seleção principal, e afirmou que há mais no radar do técnico Mohamed Youssef. “Esse é o legado que vamos deixar no Egito [renovação]. Existe uma geração parando, que são jogadores mais velhos, e precisamos renovar a seleção principal”, disse o treinador.

Apesar de saber da dificuldade, Rogério Micale admite a esperança de repetir o feito de 2016 e fazer história, dessa vez com o Egito. “Fizemos uma campanha fora dos padrões normais. E agora, de uma seleção desacreditada passamos a ter uma expectativa de poder ganhar alguma medalha. Não é fácil,caímos num grupo dificílimo. Primeiro [precisamos] passar da primeira fase e depois, passo a passo, vamos ver o que conseguimos. Nós temos o sonho de poder conquistar uma medalha”, concluiu.

Micale durante treino da seleção olímpica do Egito - Reprodução / Instagram (@efasocial)
Micale, à direita, durante treino da seleção olímpica do Egito – Reprodução / Instagram (@efasocial)

Micale não poderá contar com a estrela do futebol africano Mohamed Salah, do Liverpool, para o torneio. O atleta estará em treinos com o novo técnico do Liverpool, Arne Slot, para a próxima temporada, e não foi liberado.

As Olimpíadas tem início marcado para quarta-feira, dia 24. O Egito estreia contra a seleção da República Dominicana às 12h (horário de Brasília) no estádio La Beaujoire, em Nantes. Uzbequistão e Espanha completam o grupo C.

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