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O VAR é um herói ou um vilão para o futebol?

O VAR promete justiça, mas gera debates. Entenda como a tecnologia está transformando o futebol e os desafios que enfrenta.

O Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) foi introduzido no futebol com a promessa de reduzir erros e tornar o esporte mais justo. Desde sua implementação, a tecnologia tem sido um ponto central de debates intensos, levantando questões sobre sua eficácia e impacto no jogo. A discussão em torno do VAR não se limita apenas à sua capacidade de corrigir erros, mas também ao modo como influencia a dinâmica das partidas.

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O VAR é uma ferramenta que auxilia os árbitros principais na revisão de decisões críticas durante uma partida, utilizando imagens de vídeo para analisar lances específicos. As situações passíveis de revisão incluem gols e infrações que os precedem, decisões de pênalti, cartões vermelhos diretos e confusão de identidade ao aplicar cartões. O objetivo é corrigir erros claros e óbvios que possam influenciar o resultado da partida.

O VAR é um herói ou um vilão para o futebol?
Dorival Júnior e Ednaldo Rodrigues na sede da CBF – EFE/ Antonio Lacerda

Como o VAR funciona no futebol

O VAR opera em um sistema de suporte aos árbitros, revisando decisões em tempo real. Quando uma situação controversa ocorre, o árbitro principal pode solicitar a revisão do VAR ou ser aconselhado pela equipe de vídeo a reconsiderar uma decisão. As imagens são analisadas em uma sala de controle, onde assistentes especializados revisam o lance de diferentes ângulos antes de comunicar suas conclusões ao árbitro em campo.

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O processo é projetado para ser rápido e eficiente, minimizando interrupções no jogo. No entanto, a aplicação prática do VAR tem gerado críticas, especialmente quando decisões demoradas afetam o ritmo natural da partida. A tecnologia visa corrigir erros humanos, mas sua implementação precisa ser consistente e transparente para ganhar a confiança de jogadores, técnicos e torcedores.

Casos polêmicos envolvendo o VAR

Apesar das boas intenções, o VAR tem sido protagonista de diversos lances controversos que suscitaram debates sobre sua aplicação e eficácia. Um exemplo notável ocorreu em uma partida entre Athletic Bilbao e Real Madrid em 2024, onde um gol de Mbappé foi anulado por impedimento. O VAR, além de confirmar o impedimento, sugeriu a revisão de um possível pênalti na mesma jogada, quebrando o protocolo ao influenciar diretamente na decisão do árbitro principal.

Outro caso significativo foi a expulsão de Antony em 2025, que foi posteriormente anulada pelo Comitê de Disciplina. Essa decisão contrastou com a avaliação inicial do árbitro e do VAR, levantando questionamentos sobre a consistência e credibilidade das decisões arbitrais assistidas pela tecnologia. Além disso, protestos globais contra o VAR têm ocorrido, com clubes e jogadores expressando descontentamento em diversos países, como Itália, Portugal, França e Turquia.

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VAR: solução ou problema?

A introdução do VAR visava aprimorar a justiça no futebol, mas sua aplicação tem gerado debates sobre sua real eficácia. Enquanto alguns acreditam que a tecnologia corrige erros humanos, outros argumentam que ela introduz novas formas de controvérsia e afeta a fluidez do jogo. A confiança no VAR depende de sua aplicação consistente e transparente, além de uma comunicação clara com jogadores, técnicos e torcedores.

Para que o VAR seja verdadeiramente eficaz, é crucial que as regras de sua aplicação sejam claras e uniformes. A tecnologia deve ser uma ferramenta de apoio, não um fator de complicação. A busca por um equilíbrio entre justiça e fluidez no futebol continua, e o papel do VAR nesse cenário ainda está em evolução.

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