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México vence a Alemanha na primeira (e merecida) zebra da Copa

Proposta de contra-atacar funciona e mexicanos saem na frente no grupo F

Imaginar a Alemanha sob gritos de olé era algo improvável nessa Copa do Mundo da Rússia. Mas aconteceu, para a alegria da torcida do México, que venceu os atuais campeões do mundo por 1 a 0. A euforia das arquibancadas do estádio Lujiniki e o choro do atacante Chicharito Hernández após o apito final simbolizam o tamanho da façanha. Foi realmente uma zebra — até porque os reservas alemães fizeram 4 a 1 nessa mesma equipe na Copa das Confederações, ano passado —, mas é inegável o merecimento do México, que assume a liderança do grupo F.

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A seleção mexicana avisou que não temeria os alemães logo no minuto inicial, quando o zagueiro Boateng teve que bloquear o chute de Lozano. A resposta germânica veio no lance seguinte, com Timo Werner. Esse duelo franco seguiu durante todo o primeiro tempo, com chances de gol dos dois lados, com estilos distintos: a Alemanha trabalhando cada jogada, o México em contra-ataques. E foi assim que os latinos abriram o placar, aos 35: entre a roubada de bola na defesa e a finalização de Lozano que venceu Neuer, foram apenas quatro passes em velocidade. E a vitória foi mantida até o intervalo porque a cobrança de falta de Kroos parou no travessão, depois de espalmada por Ochoa.

A proposta do técnico (ex-São Paulo) Juan Carlos Osorio foi mantida para o segundo tempo: contra-atacar. Aos onze minutos, El Tri desperdiçou uma descida rápida quando Chicharito não caprichou no último passe para Vela. A Alemanha manteve sua habitual frieza e acuou os mexicanos, mas sem exigir milagres de Ochoa. E, por atacar em bloco, manteve-se exposta aos contragolpes — num deles, aos 37, Layún finalizou com perigo. Apesar de promover substituições para dinamizar seu ataque, o técnico Joachin Löw não venceu a retaguarda montada pelo ‘profe’ Osorio.

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No próximo sábado, 23 de junho, ao meio-dia, o México enfrenta a Coreia do Sul, em Rostov. A Alemanha buscará sua primeira vitória contra a Suécia, no mesmo dia, às 15h. Vale lembrar que o segundo colocado deste grupo F pode ser o adversário do Brasil (se avançar em primeiro) nas oitavas. E pode ser a Alemanha…

Ponto alto
Ao entrar em campo aos 29 minutos do segundo tempo, Rafa Márquez, de 39 anos, alcançou a marca histórica de cinco Mundiais disputados (2002 a 2018). O zagueiro igualou seu compatriota, o goleiro Carbajal (1950 a 1966), o alemão Matthäus (1982 a 1998) e o italiano Buffon (1998 a 2014). E ao receber a braçadeira de Guardado, tornou-se o único a ser capitão em cinco edições.

Ponto baixo
Nos minutos finais, já menos fria e mais impetuosa, a Alemanha se expunha como times de futsal quando recorrem ao ‘goleiro-linha’ — com a defesa toda desmontada. E não é que Neuer foi mesmo ao ataque e por lá ficou, depois de um escanteio? Foi quando a elogiada organização deu lugar ao desespero.

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