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Maradona presenteia árbitro que não viu toque de mão em gol contra a Inglaterra

“Para meu amigo eterno”, escreveu o argentino na camisa que entregou ao tunisiano Ali Bennaceur, responsável por validar gol na Copa de 1986


Diego Maradona e Ali Bennaceur trocaram presentes em encontro na Tunísia
Diego Maradona e Ali Bennaceur trocaram presentes em encontro na Tunísia VEJA

De passagem pela Tunísia, Diego Armando Maradona visitou o árbitro mais importante de sua carreira: Ali Bennaceur, aquele que ignorou o toque de mão do craque argentino no primeiro gol diante da Inglaterra, em 1986, nas quartas de final da Copa do Mundo do México. Sem qualquer constrangimento, os dois posaram para fotos e até trocaram presentes. “Este fim de semana visitei Túnis, e tive um reencontro muito emocionante com Ali Bennaceur. Eu lhe dei uma camiseta argentina, e ele me deu a foto daquele jogo, que pendurava em sua casa”, escreveu Maradona, que ainda contou qual foi a dedicatória de seu mimo: “Para Ali, meu amigo eterno.”

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Horas depois daquela vitória por 2 a 1, Maradona batizou seu gol como “a mão de Deus”, ainda que, ao deixar o gramado, tivesse jurado que cabeceou a bola na dividida com o goleiro Peter Shilton. Quatro minutos depois daquele lance, Maradona produziu mais uma jogada para a eternidade: driblou seis ingleses, inclusive o goleiro, e marcou o gol eleito pela Fifa como mais belo da história dos Mundiais.

Três anos antes daquela partida, os argentinos haviam sido derrotados pelos britânicos na Guerra das Malvinas – território chamado de Falklands pelos britânicos – e, por isso, o jogo foi encarado pelos argentinos como uma revanche, algo que extrapolava o campo esportivo. Depois de eliminar os ingleses, a Argentina passou por Bélgica e Alemanha e venceu a Copa de 1986.

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Embora a maioria da população argentina idolatre Maradona, parte cita o gol irregular como um marco da fragilidade moral de sua sociedade e condena sua exaltação como um exemplo. Os que defendem o recurso usado pelo craque costumam lembrar o episódio das Malvinas e consideram a Inglaterra seu maior rival no esporte, à frente até do Brasil.

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Gol de mão de Maradona no jogo entre Argentina e Inglaterra na Copa do México de 1986
Gol de mão de Maradona no jogo entre Argentina e Inglaterra na Copa do México de 1986 VEJA

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Diego Maradona Júnior, o filho não reconhecido por Maradona VEJA

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Maradona sai em defesa de Messi e chama Neymar de mal educado VEJA

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As agressões a jornalistas

Maradona tem um vasto histórico de confusões com jornalistas. No último desentendimento, em agosto deste ano, ele deu um tapa na cara de um repórter ao ser irritar com uma pergunta sobre seu ambiente familiar. “Nem vocês nem seus chefes vão me dizer o que tenho que fazer. Eu tenho um ambiente feliz. Parem de me incomodar, porque tenho 53 anos, já não sou o Dieguito, sou o Diego Armando Maradona”, gritou após a agressão. Esse incidente, no entanto, foi insignificante perto do que Maradona aprontou em 1994: irritado com a presença de jornalistas de plantão em frente à sua mansão, Maradona usou uma espingarda de ar comprimido e atirou contra eles. Por sua atitude, foi condenado a dois anos de prisão, mas escapou de ir para a cadeia após pagamento de fiança.

Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000
Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000 VEJA

Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi
Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi VEJA

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Na partida contra a Nigéria, Maradona sai acompanhado de uma enfermeira para realização do teste anti-doping
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Os xingamentos no hino

Maradona não é o tipo de pessoa que se intimida com vaias, nem mesmo vindas de um país inteiro. Na final da Copa de 1990, diante da Alemanha, a torcida italiana (ainda doída pela derrota da Azzurra para a Argentina na semifinal) vaiou o hino argentino no Estádio Olímpico de Roma. Inconformado, o então jogador do Napoli não teve dúvidas e xingou os torcedores italianos (“hijos de p…”) em alto e bom som, diante das câmeras de TV. Após a partida, ainda negou um cumprimento ao brasileiro João Havelange, então presidente da Fifa e seu grande desafeto. 

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A batalha campal de 1984

Maradona não foi feliz em sua passagem pelo Barcelona, entre 1982 e 1984. Sua trajetória no clube catalão chegou ao fim com uma briga generalizada na final da Copa do Rei, diante do Athletic Bilbao, no Santiago Bernabéu. Meses depois de sofrer uma grave lesão após entrada duríssima de Andoni Goikoetxea (que ficou conhecido como “O Açougueiro de Bilbao”), Maradona reencontrou seu algoz na decisão. Derrotado por 1 a 0, Maradona perdeu a cabeça após a partida e iniciou uma briga generalizada, na qual distribuiu voadoras e pontapés. Por sua má conduta, Maradona recebeu três meses de suspensão e foi obrigado a pedir desculpas ao rei Juan Carlos. Pouco depois, deixou o clube para fazer história no Napoli, da Itália. 

Diego Maradona durante visita a 'Gazzeta dello Sport', na Itália
Diego Maradona durante visita a ‘Gazzeta dello Sport’, na Itália VEJA

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A briga na Croácia

A mais recente confusão de Maradona aconteceu na Croácia. Poucos dias depois de participar do Jogo pela Paz e de se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano, o ídolo argentino foi flagrado em uma briga na cidade croata de Dubrovnik, onde passava férias. Em um vídeo feito com um celular e divulgado pelo jornal local Dubrovacki, Maradona é visto aos gritos, correndo em direção a outra pessoa, na saída de uma casa noturna, aparentemente bêbado. As imagens são de baixa qualidade, tornando difícil entender o que realmente aconteceu na saída da boate. Mas é possível ouvir o barulho de uma garrafa de vidro quebrando – que, segundo testemunhas, foi arremessada pelo argentino – e xingamentos de Maradona contra seu ex-genro, o atacante argentino Sergio “Kun” Aguero, do Manchester City.

(com Estadão Conteúdo)

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