Na última década, a China fez grandes esforços para transformar sua liga doméstica em uma potência entre as ligas globais. O governo chinês, liderado por Xi Jinping, implementou políticas para fortalecer o futebol no país, com o objetivo de se tornar uma potência futebolística até 2050. Empresas privadas investiram bilhões de dólares para trazer grandes estrelas internacionais, como Hulk, Oscar e Carlos Tévez, que recebiam salários altíssimos.
No auge, a CSL competia diretamente com as principais ligas europeias na contratação de jogadores de renome. No entanto, apesar dos esforços financeiros, o crescimento não foi sustentável. Um dos principais obstáculos foi o baixo desenvolvimento de talentos locais e a falta de infraestrutura robusta, além da pouco visibilidade dos campeonatos, ir para China era visto como perder mídia.
Siga o canal no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias.
As tentativas falhas das ligas asiáticas
Além do baixo desenvolvimento de talentos locais, muitos clubes enfrentaram dificuldades financeiras, culminando na falência de várias equipes. O governo chinês eventualmente impôs restrições sobre o investimento no futebol, incluindo tetos salariais, para evitar mais crises econômicas no setor esportivo. Esses fatores resultaram na queda da competitividade e relevância global da Superliga Chinesa.
O caso do futebol sul-coreano
O futebol na Coreia do Sul, especialmente através da K-League, também tentou seguir um caminho de crescimento semelhante. Nos anos 2000, o futebol sul-coreano ganhou atenção após a Copa do Mundo de 2002, co-organizada pelo país, e o sucesso de jogadores como Park Ji-sung. Para manter o ímpeto, o país começou a investir na liga doméstica e na contratação de jogadores estrangeiros. Contudo, os clubes da K-League nunca conseguiram alcançar o nível de impacto que a China e outras ligas emergentes tiveram em termos de marketing global.
Ambos os casos enfrentaram problemas semelhantes: uma dependência excessiva de jogadores estrangeiros, falta de talento local de alto nível e problemas de sustentabilidade financeira. Além disso, a base de torcedores locais, muitas vezes, não cresceu na mesma proporção dos investimentos, o que resultou em estádios vazios e baixo engajamento em competições internacionais.
A atual tentativa de novas ligas emergentes
Nos últimos anos, as ligas de futebol fora do eixo tradicional europeu têm emergido de maneira significativa no cenário global, especialmente a Major League Soccer (MLS) dos EUA e a Saudi Pro League (SPL). Ambas compartilham uma trajetória de crescimento notável, atraindo grandes estrelas e elevando o nível de suas competições, mas cada uma com características distintas e estratégias próprias de desenvolvimento.





