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Dono do Botafogo, Textor diz ter provas contra arbitragem; entidade reage

Presidente da SAF do Glorioso reafirmou críticas à CBF e disse possuir gravações de "juízes cobrando propina"

Dono da SAF do Botafogo, John Textor voltou a acusar a arbitragem do futebol brasileiro. O empresário garantiu em entrevista ao jornal O Globo, após a vitória do clube sobre o Bragantino, na última quarta-feira, 6, no Nilton Santos, pela pré-Libertadores, que tem gravações de árbitros questionando o não pagamento de propinas combinadas.

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Textor assumiu o controle da Sociedade Anônima do Futebol do Botafogo em março de 2022. Quase um ano e meio depois, após a derrota de virada para o Palmeiras, no segundo turno do Brasileirão, começaram as primeiras acusações contra a arbitragem no país. Desta vez, o empresário norte-americano disse haver mais provas de corrupção.

“Os torcedores vão ficar sabendo nos próximos 30 dias o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, começou Textor.

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“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar”, completou o empresário.

Logo depois das primeiras acusações, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, processou Textor por calúnia e difamação. A CBF também apresentou queixa no processo que ainda está em aberto.

Naquela altura, o Botafogo viu uma diferença de 14 pontos para o Palmeiras derreter ao longo das rodadas finais. O Verdão terminou como o campeão da temporada, enquanto o Glorioso ficou com a quinta colocação.

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“Não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa”, finalizou.

As acusações de Textor logo começaram a repercutir no mundo do futebol. Ex-árbitro e hoje comentarista na Record TV, Sálvio Spínola disse que a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) “não pode só emitir nota”.

“Isso é grave, muito grave”, disse Sálvio. “Se existe árbitro corrupto, tem a obrigação de ajudar a extirpar”.

A Anaf divulgou uma nota assinada pelo presidente Salmo Valentim em que “repudia com veemência as acusações infundadas e totalmente descabidas”.

Confira a nota completa da Anaf:

A ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, repudia com veemência as acusações infundadas e totalmente descabidas do empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo, que sabe-se lá por que não de hoje abriu “guerra” contra a arbitragem brasileira.

Questionar a atuação dos árbitros no campo de jogo por uma falta não marcada, um pênalti deixado de ser assinalado ou uma advertência aplicada de maneira equivocada é uma coisa, afinal de contas somos seres humanos. Agora, dizer que na arbitragem brasileira há árbitros que se “vendem”, é uma acusação gravíssima que põe em xeque não só a categoria, como também toda a estrutura da CBF.

“SE JOHN TEXTOR NÃO PROVAR O QUE DISSE, ELE TEM QUE SER BANIDO DO FUTEBOL BRASILEIRO! NÃO HÁ OUTRO CAMINHO E, DIANTE DO QUE ELE DISSE, AS INSTITUIÇÕES PRECISAM AGIR”.

É inaceitável que um dirigente responsável por um dos mais importantes clubes do futebol nacional tome uma atitude pequena e lamentável como essa. Como representante legítima dos árbitros, a ANAF vai tomar todas as ações necessárias para que ele possa esclarecer suas declarações e iremos buscar todos os meios para que esse péssimo exemplo não se repita.

A arbitragem brasileira é formada por homens e mulheres de bem! E John Textor deveria ao invés de atacá-la, trabalhar e cobrar da CBF sua profissionalização. Isso é melhor do que falar besteiras, sem provas, na imprensa.

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