Treinador espanhol pediu desculpas à torcida pelo maior revés da história do clube rubro-negro na Libertadores
Atual campeão da Copa Libertadores, o Flamengo levou nesta quinta-feira, 18, a maior goleada de sua história na competição. A derrota por 5 a 0 para o Independiente del Valle, do Equador, em Quito, pode não representar grande catástrofe na classificação da primeira fase, mas coloca pressão sobre o técnico espanhol Domènec Torrent, que foi completamente superado por seu compatriota, Miguel Ángel Ramírez, treinador adversário. Na entrevista coletiva após a partida, Dome tratou o revés como “dolorido” e avaliou que o Flamengo se perdeu na segunda etapa, na altitude da capital equatoriana.
“Jogamos mais ordenados no primeiro tempo, por isso só marcaram um gol. Tivemos algumas chances nos contra-ataques. Na segunda parte tentamos marcar mais em cima, mas eles jogam muito bem quando têm espaços. Eles marcaram dois, três golaços”, afirmou o treinador, conhecido por ter sido auxiliar de Pep Guardiola no Barcelona, no Bayern de Munique e no Manchester City, e que tem sua segunda experiência como técnico principal após passar pelo New York City. “É uma derrota muito dolorida, mas são três pontos. Temos que pedir desculpas aos torcedores”, completou.
Com a perda dos três pontos, o Flamengo caiu para a segunda colocação do grupo, com seis, três a menos que o líder Del Valle. O Junior Barranquilla é o terceiro, com três pontos em três jogos. O time carioca permanece no Equador, onde na próxima terça-feira encara o Barcelona, em Guayaquil, lanterna do grupo, sem pontuar. “Sei que é o pior resultado do Flamengo. Mas já passou. Temos que pensar em ganhar a próxima partida. Se fosse mata-mata, seria um desastre. Foi um desastre, mas foram só três pontos. Tentaremos nos recuperar. Todos sabem que jogar aqui não é fácil. Não é desculpa, temos que jogar muito melhor”, completou Doménec Torrent.
Pelo lado do Independiente del Valle, atual campeão da Sul-Americana, o técnico Miguel Ángel Ramírez celebrou a façanha e disse que vê seu time “superior ao Flamengo coletivamente”, “É uma noite que fica na história. Superamos o melhor time da América, que por pouco não venceu o Liverpool. Estou muito emocionado. Vamos lembrar disso para sempre. É por noites como esta é que alguém se torna jogador ou técnico”, afirmou o espanhol de apenas 35 anos, constantemente especulado em clubes brasileiros – foi sondado pelo próprio Flamengo após a saída de Jorge Jesus.