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Conheça as cláusulas do contrato entre o Vasco e a 777 partners

O contrato entre Vasco da Gama e 777 Partners, um acordo histórico no valor de R1.7 bilhões, pode ser redefinido após litígio judicial

O contrato entre o Vasco da Gama e a empresa 777 Partners, que há tempos está em meio a uma disputa jurídica, teve novas informações divulgadas nesta semana. A juíza Melissa Bertolucci, da 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), decidiu tornar públicas as cláusulas do acordo, anteriormente confidenciais. Esta revelação é parte de um processo iniciado pela consultoria holandesa KPMG, que intermediou o acordo de aquisição de 70% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco.

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A KPMG busca receber R$ 17,9 milhões dos R$ 24,5 milhões negociados, dos quais só R$ 6,6 milhões foram pagos até setembro de 2022. A abertura do contrato destacou detalhes financeiros importantes, como um orçamento mínimo previsto de R$ 360 milhões para 2022 e 2023. Este valor é voltado para a aquisição de direitos federativos e pagamento de salários do futebol, abrangendo tanto as equipes masculinas quanto femininas e as categorias de base.

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Investimentos e Metas Futuras

Para o período de 2024 a 2026, o contrato prevê um pacote de investimentos de R$ 250 milhões ou 56% da receita anual, com possíveis descontos de até R$ 50 milhões oriundos de vendas de jogadores. A partir de 2027, a expectativa é que o Vasco esteja entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro, como prometido pela 777 Partners.

Contudo, o contrato inclui critérios alternativos para satisfazer essa meta de investimento, mesmo que o Vasco não figure entre os cinco primeiros. Esses critérios são: terminar no mínimo na sexta posição do Campeonato Brasileiro, garantir vaga na CONMEBOL Libertadores do ano seguinte ou vencer torneios como a Copa do Brasil, Libertadores ou a Copa Sul-Americana.

Cláusulas de Proteção e Obrigações Contratuais

O contrato proíbe a venda da SAF do Vasco até que o aporte total de R$ 700 milhões seja finalizado. Ademais, ele protege contra a aquisição de clubes pelos chamados grupos familiares de futebol, como o Eagle Football e o City Football Group.

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Entre as obrigações da 777 Partners está a atualização dos Centros de Treinamento até junho de 2024, com um investimento de R$ 25 milhões. A empresa também prometeu fazer do Vasco sua principal equipe na América do Sul, assegurando prioridade ao clube em caso de disputas com outras equipes sob a mesma gestão corporativa.

Desdobramentos Legais e Próximos Passos

O contrato está suspenso desde maio por uma decisão liminar da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. Esta situação lança dúvidas não só sobre o investimento da 777 Partners, mas também afeta o planejamento futuro do Vasco em competições esportivas.

Enquanto o litígio permanece, o Vasco se prepara para seus próximos compromissos em campo. Entre eles estão um jogo contra o São Paulo em 16 de outubro, uma disputa na Copa do Brasil contra o Atlético-MG em 19 de outubro e uma partida pelo Brasileirão contra o Cuiabá em 25 de outubro. Esses eventos esportivos ocorrem no meio de uma complexa disputa legal que pode mudar o futuro administrativo e financeiro do clube.

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