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Juventus sofre punição da Uefa e está fora da Conference League

Equipe italiana foi banida pela entidade da atual edição da competição e precisará pagar multa superior a R$ 100 milhões

A Juventus não disputará a próxima edição da Conference League. Nesta sexta-feira, 28, a Uefa anunciou o banimento da equipe italiana da competição continental em função da novas informações sobre o escândalo financeiro que envolveu o clube. A Velha Senhora ainda precisará pagar a entidade uma multa de 20 milhões de euros (104 milhões de reais).

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As investigações da Uefa sobre supostas irregularidades fiscais e quebra do Fair Play Financeiro foram abertas há mais de sete meses, em 1º de dezembro de 2022. O clube diz que “embora considere as supostas violações inconsistentes e suas ações corretas” aceitará a sanção imposta pela entidade.

“Lamentamos a decisão do Orgão de Controle Financeiro dos Clubes da Uefa. Não compartilhamos da interpretação que tem sido dada às nossas teses de defesa e continuamos firmemente convictos da correção de nossas ações e da validade de nossos argumentos”, disse o presidente Gianluca Ferrero.

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Com a decisão, quem herda a vaga deixada pela Juve é a Fiorentina, vice-campeã da competição na última temporada. A equipe de Florença terminou o Campeonato Italiano na oitava colocação, com 56 pontos, uma abaixo da Juventus, com 62, única classificada para o torneio.

Na ocasião, a Velha Senhora havia sido punida com a perda de 15 pontos por decisão da Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla original).

O caso

A investigação corre desde 2021 devido a 42 transferências sob suspeita de irregularidades. Em novembro, o jornal italiano La Gazzetta dello Sport afirmou que, caso confirmados, os crimes financeiros poderiam levar novamente o clube à segunda divisão, além de anularem o título italiano da temporada 2019/20.

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“Juventus sob pressão. Os magistrados, convencidos de fechar a sentença dentro de um mês, acusam: o sistema futebolístico está doente”, afirmou a principal manchete da publicação na ocasião.

A promotoria da federação abriu inquérito na última semana para apurar, ao todo, 62 negociações irregulares durante 2019 e 2021 – 42 delas seriam da Juventus, a principal delas a transação que envolveu a compra do volante brasileiro Arthur do Barcelona por 72 milhões de euros (442 milhões de reais na cotação da época), com a cessão do bósnio Miralem Pjanic.

Juve, de Paul Pogba, não jogará competições internacionais - Harry How/AFP
Juve, de Paul Pogba, não jogará competições internacionais – Harry How/AFP

O processo é conduzido pelo Ministério Público de Turim e colheu depoimentos de nomes importantes. A investigação também envolve diretamente nomes como Andrea Agnelli, presidente da Juve, o ex-jogador checo Pavel Nedved, vice.

Eles são investigados por possíveis falsas contabilidades e emissões de faturas para transações não existentes. A justiça acredita que o clube lançava em seus balanços ganhos fictícios provenientes da compra e venda de jogadores. As operações suspeitas ultrapassariam 280 milhões de euros (1,7 bilhão de reais).

Além da compra de Arthur, entre as negociações sob suspeita estão a do astro português Cristiano Ronaldo, negociado na última janela de transferências com o Manchester United. Outros casos como o do português João Cancelo e o do lateral direito brasileiro Danilo também são investigados.

Fiscais de Guarda de Finanças estiveram na sede do clube na época para apreender documentos que colaborarão na investigação.

O clube italiano sofreu em 2006 uma punição semelhante a cogitada neste ano pelo envolvimento em um esquema de manipulação de resultados no futebol italiano. A Juve perdeu o scudetto da temporada 2004/05 e ainda foi rebaixada à segunda divisão da competição.

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