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Sem esforço, ‘Dream Team 2012’ inicia seu show olímpico

E pode ser a última temporada do espetáculo iniciado há 20 anos, em Barcelona – EUA querem mudar regras em 2016. Neste domingo, vitória fácil contra França

O placar, no caso desta espetacular equipe, acaba importando pouco. Afinal, ele não reflete com precisão o tamanho da superioridade dos americanos – que dispensam, por exemplo, a mesma dedicação defensiva que precisam mostrar na NBA

Vinte anos depois de inaugurar a participação de profissionais da NBA em Olimpíadas, nos Jogos de Barcelona-1992, a seleção americana de basquete estreou neste domingo o mais novo espetáculo em cartaz em Londres. Com a primeira-dama Michelle Obama na torcida, o supertime de LeBron James, Kobe Bryant e Kevin Durant marcou presença em Londres-2012 com uma vitória confortável sobre a França, por 98 a 71. Uma atração à parte na Olimpíada – seus ingressos estão entre os mais disputados na cidade, e até os jornalistas credenciados têm de disputar um espaço na arena -, a versão 2012 do “Dream Team” não precisou de muito esforço para despachar a seleção francesa, considerada uma equipe de bom nível, com atletas que também jogam na liga americana. Mas ser uma boa equipe, é claro, não é o bastante num duelo contra o país do basquete.

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Foi uma repetição do que se viu nas quadras olímpicas em quase todas as partidas dos EUA desde 1992 (com exceção da inesperada perda do ouro em Atenas-2004). Enquanto o adversário jogava basquete, a equipe americana desfilava sua própria variação da modalidade, bem à maneira do velho lema olímpico: “mais rápido, mais alto, mais forte”. A França fechou o primeiro quarto perdendo por apenas um ponto, 22 a 21 para os EUA. No fechamento do segundo período, a diferença já era de dezoito: 52 a 36. E a margem que separava as duas equipes seguia crescendo à medida em que o tempo passava – mostrando que, por mais que um adversário encaixe uma boa sequência de golpes para tentar surpreender os americanos, acaba sendo incapaz de manter o ritmo no decorrer de um jogo todo. No quarto final, com os titulares dos EUA já no banco, a partida já tinha jeito de amistoso.

O placar, no caso desta espetacular equipe, acaba importando pouco. Afinal, ele não reflete com precisão o tamanho da superioridade dos americanos – que dispensam, por exemplo, a mesma dedicação defensiva que precisam mostrar na NBA. Bryant, um dos mais experientes do time, e LeBron, que teve uma temporada desgastante com o Miami Heat, jogaram menos tempo do que se esperava (anotaram apenas 10 e 9 pontos, respectivamente). Cansados (este seria o período em que estariam de férias da NBA) e conscientes do abismo que os separam dos demais, os astros americanos se pouparam, no primeiro ato do que pode ser a última participação de um Dream Team no basquete olímpico. Os americanos propõem que a modalidade tenha um regulamento similar ao do futebol, com limite de idade e participação de apenas alguns veteranos em cada equipe. Como essa pode ser a última chance de vê-los em quadra, é melhor quem está em Londres aproveitar.

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A primeira-dama americana Michelle Obama, durante partida da seleção norte-americana de basquete, na estreia diante da França, em 29/07/2012
A primeira-dama americana Michelle Obama, durante partida da seleção norte-americana de basquete, na estreia diante da França, em 29/07/2012 VEJA
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