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Platini perde recurso contra suspensão e deixará a Uefa

Ídolo francês teve sua pena reduzida de seis para quatro anos, mas será obrigado a deixar a presidência da federação europeia

O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês) de Lausanne confirmou nesta segunda-feira em um comunicado que reduziu de seis para quatro anos a suspensão imposta pela Fifa contra o francês Michel Platini. Após a decisão, o ex-craque francês anunciou em comunicado sua renúncia à presidência da Uefa para “continuar o combate nos tribunais suíços”.

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A Uefa não substituiu Platini desde o banimento inicial, em outubro, mas agora terá que eleger um novo presidente. Platini tem como única possibilidade agora apelar na Justiça federal suíça, que pode reverter o veredicto caso encontre irregularidades processuais.

Platini foi suspenso, primeiro por oito anos, pelo Comitê de Ética da Fifa, assim como o presidente da entidade, Joseph Blatter. Os dois são suspeitos de ter fraudado as contas da Fifa ao não declarar um pagamento de 2 milhões de franco suíços feito por Blatter a Platini em 2011. De acordo com a nota, Platini considerou a decisão do TAS uma “profunda injustiça”.

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A dupla alega que a quantia se refere ao pagamento por um serviço prestado pelo ex-jogador francês à Fifa entre 1999 e 2002, embora nada disso tenha sido formalizado em contrato. Neste período, Platini trabalhava como “conselheiro presidencial”. No entanto, Platini só recebeu o suposto salário em fevereiro de 2011, três meses antes de uma eleição presidencial da Fifa vencida por Blatter, fato que levantou suspeitas.

Nesta segunda-feira, o TAS reconheceu a “validade” do contrato verbal que ligava a Fifa e Platini, mas “não está convencido da legitimidade” do pagamento. O tribunal também reduziu de 80.000 para 60.000 francos suíços (72.000 a 54.000 euros) a multa determinada pela Fifa contra o ex-jogador francês.

Blatter, primeiro mentor e depois inimigo de Platini, recebeu a informação da decisão, mas não fez comentários. A Federação Francesa de Futebol (FFF) reagiu ao anúncio do TAS com um comunicado no qual destaca o papel de Platini como “um homen que sempre trabalhou a favor do futebol”.

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O ídolo francês havia sido suspenso no dia 21 de dezembro de 201 por oito anos pela justiça interna da Fifa, pena que foi reduzida para seis anos em fevereiro, após um primeiro recurso.

Platini compareceu ao TAS em 29 de abril e falou durante quase oito horas para apresentar suas explicações aos três árbitros responsáveis de definir sua suspensão. À espera do veredicto do TAS, a Uefa não designou formalmente um presidente interino no comitê executivo de 3 de maio, mas decidiu que estudaria a situação sobre o caso Platini em 18 de maio, durante um comitê executivo extraordinário na Basileia (Suíça), por ocasião da final da Liga Europa.

Blatter também foi investigado pela justiça suíça por causa do pagamento a Platini, assim como por um contrato de direitos de TV, supostamente muito abaixo do preço do mercado, em detrimento da Fifa. Michel Platini prestou depoimento neste caso na qualidade de testemunha assistida.

(com agências Reuters e AFP)

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