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Platini arma boicote e não irá depor na Fifa

Ex-jogador francês diz ter sido condenado antes mesmo de poder se defender. Também suspenso, Blatter segue o mesmo discurso, mas comparecerá ao tribunal

O presidente suspenso da Uefa, Michel Platini, não irá comparecer à audiência marcada pelo Comitê de Ética da Fifa para esta sexta-feira, em Zurique. O ex-jogador francês e o também suspenso Joseph Blatter foram convidados a depor sobre um misterioso pagamento realizado pelo então presidente da Fifa. Mas, segundo um comunicado oficial divulgado por sua defesa, Platini entende que não precisa depor na Fifa já que um veredicto já teria sido anunciado à imprensa, contra a presunção de sua inocência.

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Uma decisão da Fifa deve ser divulgada até a próxima segunda-feira. Segundo divulgaram vários jornais europeus, Platini corre o risco de ser banido do futebol pelo Comitê de Ética da Fifa, órgão independente comandado pelo juiz alemão Hans Joachim-Eckert. Com isso, o francês seria impedido de concorrer à presidência da entidade, seu grande sonho desde que se tornou dirigente.

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Platini é suspeito de ter fraudado as contas da Fifa ao não declarar um pagamento de 2 milhões de franco suíços feito pelo presidente Joseph Blatter a ele, em 2011. O Ministério Público da Suíça abriu um inquérito e ambos foram temporariamente suspensos pelo Comitê de Ética da Fifa. Platini e Blatter alegam que a quantia se refere ao pagamento por um serviço prestado pelo ex-jogador francês à Fifa entre 1999 e 2002, embora nada disso tenha sido formalizado em contrato. Neste período, Platini trabalhava como “conselheiro presidencial”. No entanto, Platini só recebeu o suposto salário em fevereiro de 2011, três meses antes de uma eleição presidencial da Fifa vencida por Blatter, fato que levantou suspeitas.

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Blatter – O presidente suspenso também lamentou o fato de sua provável punição ter sido vazada à imprensa antes mesmo de apresentar sua defesa. No entanto, Blatter garantiu, em entrevista concedida nesta quarta-feira a três diários europeus, o Libération, o Mundo Deportivo e a Gazzetta dello Sport, que irá prestar seus esclarecimentos ao Comitê de Ética nesta nesta sexta-feira.

“Claro que vou me defender, quero que me escutem, que saibam a minha verdade. Fui condenado antes mesmo de poder me defender”, acusou Blatter. Segundo os diários, existem duas possibilidade de pena para ele: o banimento ou a suspensão por dois anos, acompanhada de uma multa de 160.000 francos suíços (cerca de 620.000 reais). Blatter disse não acreditar que seu ex-secretário-geral, Jérôme Valcke, também suspenso pela Fifa, tenha sido o responsável por revelar a existência do pagamento suspeito à imprensa. Ele garante que a informação foi passada por um banco e reafirmou que não cometeu nenhuma irregularidade, apesar de admitir que a negociação não constava nas contas da Fifa.

Perguntado sobre a participação do governo dos Estados Unidos no escândalo de corrupção no futebol, Blatter foi irônico. “Os Estados Unidos querem ter protagonismo em todos os aspectos. Se acham a ‘polícia do mundo’. Agora eles acusam o Catar pela escolha da sede da Copa de 2022. Mas ninguém se pergunta por que os Estados Unidos mantêm uma base militar no Catar”, provocou o dirigente, que terminou negando o rótulo de “demônio do futebol”.

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(da redação)

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