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Maracanã: dois consórcios participam da licitação

Abertura dos envelopes nesta quinta-feira foi antecedida por protestos

Dois consórcios estão aptos a disputar a gestão do Maracanã pelos próximos 35 anos: Maracanã S/A, formado pelas empresas IMX, AEG e Odebrecht, e Complexo Esportivo e Cultural do Rio, composto por OAS, Stadion Amsterdam e Lagardère Unlimited. A abertura dos envelopes, marcada para as 10 horas desta quinta-feira, começou com uma hora e meia de atraso, devido a protestos que tumultuaram a frente do Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio. Os manifestantes são contra a concessão do estádio e a demolição de estruturas ao redor do complexo.

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Depois de uma análise prévia de documentação, os envelopes com as propostas foram lacrados. Agora, o governo analisa as garantias dadas por cada um dos consórcios e, ao confirmar que ambos estão habilitados para continuar no processo, a decisão é publicada no Diário Oficial e as propostas são abertas novamente. “São dois concorrentes muito fortes, formados por empresas brasileiras e internacionais com muita experiência, de grande porte”, destacou o secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Régis Fichtner.

MP: empresa de Eike Batista não pode disputar concessão do Maracanã

Justiça – Os protestos em frente ao Palácio, porém, não foram os únicos entraves a ser vencidos pelo governo nas últimas 24 horas. Em meio à confusão, parlamentares do PSOL liderados pelo deputado estadual Marcelo Freixo exigiam a livre participação da população na abertura dos envelopes da licitação. Depois de resistir inicialmente, o governo liberou a entrada de uma comissão de representantes para acompanhar a sessão. Os deputados ainda entraram com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça do Rio pedindo a suspensão da licitação. Eles alegam que a concessão do estádio lesa o estado.

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Também por uma ação civil pública, o Ministério Público havia conseguido, no fim da noite de quarta-feira, que o processo fosse suspenso, em uma decisão favorável do TJ a seu pedido. O MP aponta uma série de irregularidades, como o fato de a empresa IMX, de Eike Batista, ter tido informações privilegiadas para a licitação, uma vez que foi a responsável pelo estudo de viabilidade técnica do Maracanã. Mas, pouco depois, a mesma liminar foi cassada pela desembargadora Leila Mariano, presidente do TJ.

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Exigências – Conforme adiantou a coluna Radar on-line, de Lauro Jardim, no último sábado, o Maracanã que será entregue este ano para a Copa das Confederações está além do que é exigido pela Fifa, mas aquém do necessário para a Olimpíada. O MP quer saber por que o governo do estado está gastando em itens não pedidos para a Copa do Mundo de 2014 e ignorando adaptações exigidas para a Olimpíada de 2016. Segundo o consultor do Comitê Organizador Local, Carlos de La Corte, as plantas não previam, por exemplo, as demolições do Célio de Barros e do Júlio de Lamare.

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O Maracanã encerrou na terça-feira a instalação da nova cobertura. Os operários colocaram a última das 120 membranas de lona de teflon e fibra de vidro e completaram o anel que protege da chuva e do sol cerca de 95% dos assentos da arena. O estádio terá capacidade para cerca de 79.000 pessoas e 55.000 assentos já estão instalados. A previsão é de que as obras terminem até 27 deste abril. O Maracanã receberá jogos três jogos da Copa das Confederações, em junho, entre eles a final, marcada para 30 de junho.

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