Impressionado com torcida, Federer elogia país e Bellucci
Derrotado pelo brasileiro em sua estreia em SP, suíço levou os fãs às lágrimas
A programação do evento
7 de dezembro
Maria Sharapova x Caroline Wozniacki
Thomaz Bellucci x Jo-Wilfried Tsonga
8 de dezembro
Serena Williams x Victoria Azarenka
Roger Federer x Jo-Wilfried Tsonga
9 de dezembro
Thomaz Bellucci x Tommy Robredo
Roger Federer x Tommy Haas
A noite de quinta-feira foi marcante para o tenista que muitos consideram o melhor da história. Na primeira partida que disputou no Brasil, Roger Federer foi derrotado por Thomaz Bellucci, por 2 sets a 1. O resultado do jogo, no entanto, não foi o mais importante para o suíço, que se disse impressionado com a recepção no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no primeiro dia do torneio de exibição que leva seu nome e vai até domingo. Durante o jogo contra Bellucci, o tenista ficou surpreso ao descobrir como é adorado pelos fãs brasileiros – com camisetas e bandeiras da Suíça espalhadas pelas arquibancadas, os torcedores brasileiros se empolgaram mais com as jogadas de Federer do que com as do tenista da casa. E cerca de uma hora depois do término do duelo, os fãs ainda aguardavam Federer na porta do vestiário, deixando o atleta – dono de 17 títulos de Grand Slam, um recorde no circuito profissional – muito contente. “Aqui estão alguns dos fãs mais emotivos que já encontrei. Vi pessoas chorando ao me ver. Isso aconteceu outras vezes, mas mais aqui do que em qualquer outro lugar. Agora há pouco as pessoas estavam tirando suas camisetas para eu autografar”, contou, espantado, o ídolo. Desde que chegou à cidade, Federer afirma que é um “sonho” visitar São Paulo.
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Depois de seu primeiro jogo na cidade, o suíço foi à entrevista coletiva vestindo um agasalho da seleção brasileira e citou Gustavo Kuerten e Ayrton Senna como motivos para gostar muito do país. “Estou aqui há poucos dias, mas já vivi situações ótimas e ainda tenho mais partidas para fazer. Sempre gostei de ver a seleção jogar, de ver Ayrton Senna, de ver Guga Kuerten. É por isso que estou tão animado de vir aqui”, disse Federer, que desembarcou no país na madrugada de quarta-feira. Segundo colocado do ranking mundial, Federer é a principal estrela de uma série de partidas de exibição do Ibirapuera. O francês Jo-Wilfried Tsonga, a bielo-russa Victoria Azarenka, a russa Maria Sharapova, a americana Serena Williams e a dinamarquesa Caroline Wozniacki são outros dos principais jogadores do mundo presentes em São Paulo para o evento. Federer volta à quadra mais duas vezes até o fim do torneio de exibição. No sábado, ele enfrenta Jo-Wilfried Tsonga. No domingo, tem duelo marcado contra o alemão Tommy Haas. O sábado, dia em que Serena Williams enfrenta Victoria Azarenka e Federer pega Tsonga, é o que provoca maior procura por ingressos. Com custo estimado em 20 milhões de reais, o Federer Tour teve início na noite de quinta, com a vitória dos irmãos Mike e Bob Bryan sobre os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares, ainda com boa parte dos assentos do Ginásio do Ibirapuera vazios.
Quando Federer entrou em quadra para enfrentar Bellucci, às 21h30 (no horário de Brasília), sobraram poucos lugares desocupados. “Não gosto de ver lugares vazios, mas sei quantas pessoas gostariam de estar aqui e não puderam por algum motivo, como o trânsito e a chuva. Isso acontece em todos os grandes torneios, sempre há alguns lugares vazios. Aconteceu até nas Olimpíadas, às vezes as pessoas não conseguem vir”, disse o dono da festa. Federer também elogiou o adversário na partida de quinta, dizendo que Bellucci é “um grande jogador e tem potencial para ficar entre os 20 melhores do mundo”. “Ele consegue criar um jogo que funciona contra tenistas de vários estilos, embora dê para ver que ele gosta de jogar no saibro, pelo tipo de golpes que usa. Se continuar assim, pode entrar no top 20, e se você está nesse grupo, de repente pode entrar entre os dez”, completou. Federer disse que espera melhorar seu desempenho nas outras duas partidas que fará em São Paulo, mas garantiu que encerrou o dia feliz. “Não tenho mais 17 anos, já viajei o mundo, joguei em todos os lugares. Quando era jovem, ficava muito desapontado quando perdia. Hoje, aceito. É a vida. Enquanto eu fizer meu máximo e jogar bem, não saio mal. Nesse estágio da minha carreira, fico feliz por Bellucci. Não estou nem 1% triste. Estou feliz mesmo por finalmente jogar diante dos fãs brasileiros.”
(Com agência Gazeta Press)