Apesar do clima tenso, Brasil deve ter apoio incondicional
Possíveis manifestações durante Hino Nacional criam expectativa no Castelão
A ideia de vestir preto em sinal de apoio aos manifestantes não colou: a uma hora do começo da partida, com cerca de metade dos assentos ocupados, o predomínio do amarelo é total
Faltando pouco mais de uma hora e meia para o jogo contra o México, o ônibus da seleção brasileira chegou à Arena Castelão, em Fortaleza, em meio a um clima de nervosismo e apreensão no estádio. Em função do protesto que mobilizou pelo menos 15.000 pessoas nos arredores da arena, o acesso ao local – que já costuma ser problemático em situações comuns -, foi ainda mais complicado, e o público ainda era pequeno nas cadeiras do Castelão durante a contagem regressiva para a partida. Para a equipe de Luiz Felipe Scolari, no entanto, a expectativa é positiva. Mesmo com a preocupação despertada pelo confronto no lado externo do estádio, a torcida sinalizava um apoio incondicional à equipe – que, aliás, expressou seu apoio às reivindicações, desde que realizadas em atos pacíficos. Talvez por esse posicionamento dos atletas, talvez pelo sentimento de patriotismo exacerbado dos envolvidos nas manifestações, acredita-se que a seleção terá uma recepção altamente favorável e calorosa. Se antes do torneio Felipão mostrava certa preocupação com a possibilidade de seu time ser vaiado – como, aliás, vem acontecendo há anos na maioria das partidas da equipe em cidades brasileiras -, agora a seleção parece ter boa aceitação do público.
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Além do contexto que cerca a realização do jogo, numa semana em que o país presenciou as maiores manifestações populares das última duas décadas, a vitória convincente contra o Japão, na estreia, em Brasília, também ajudou, evidentemente. No Castelão, é grande a expectativa sobre as reações dos mais de 60.000 torcedores antes e durante a partida. Os protestos de cunho político estão vetados pela Fifa – não haverá, portanto, faixas e cartazes nas arquibancadas. Mas os planos que circulam pelas redes sociais desde a terça-feira incluem possíveis manifestações durante a execução do Hino Nacional. Alguns defendiam que os torcedores cantassem o Hino de costas para o campo. Diante da oposição de muitos outros, falou-se em esticar o Hino, cantando a letra na íntegra, mesmo com a interrupção da música no sistema de som (o cerimonial da Fifa costuma executar apenas um trecho). A ideia de vestir preto em sinal de apoio aos manifestantes não colou: a uma hora do começo da partida, com cerca de metade dos assentos ocupados, o predomínio do amarelo é total.
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