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Brasil x Uruguai: como joga e em quem ficar de olho no adversário

Celeste é atual vice-líder das Eliminatórias da Copa do Mundo e tem bons nomes apesar de atritos entre jogadores e técnico Marcelo Bielsa

O Brasil enfrenta o Uruguai, nesta terça-feira, 19, às 21h45 (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela 12ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. A partida é um dos grandes testes para a seleção brasileira, já que pode valer a vice-liderança da competição, contra uma das grandes equipes do continente.

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Desde o fim do último Mundial, uma renovação começou na seleção uruguaia. Assim, jovens assumiram o protagonismo, recebendo o cajado dos experientes Luis Suárez, Edinson Cavani e companhia.

As estrelas agora passaram a ser de ascendentes destaques das grandes potências europeias. Casado a isso, o trabalho de Marcelo Bielsa executa uma equipe forte ofensivamente, que pressiona os adversários e busca dominar a partida.

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O técnico, contudo, já chegou a se envolver em atritos com Luisito, lenda do futebol do país. O atacante rasgou o verbo após se despedir da seleção, expondo problemas entre “El Loco” e o grupo durante entrevista ao DSports Uruguay: “Muitos jogadores fizeram reunião para pedir ao treinador que pelo menos nos desse bom dia. Ele nem sequer nos cumprimenta”.

Como joga o Uruguai

Bielsa viu a seleção uruguaia ser eliminada na semifinal - Erik S. Lesser/AFP
Marcelo Bielsa comanda um Uruguai ofensivo, intenso e veloz – Erik S. Lesser/AFP

Apesar da instabilidade, os resultados corroboram com o ciclo de Bielsa. Ao todo, já são 20 partidas, 12 vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Isso culmina em aproveitamento de 66,6% de aproveitamento, com 45 gols feitos e 20 sofridos.

Durante a passagem, ele também esteve à frente do Uruguai sub-23, durante o Pré-Olímpico. No entanto, a grande campanha até então é na Copa América, competição na qual o time ficou com o terceiro colocado.

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Bielsa, até o momento, montou uma equipe com traços marcantes de seu trabalho. O ataque parte de trás, com a construção curta iniciada pelo goleiro, e a chegada à meta adversária é possibilitada, em boa parte dos movimentos, com triangulações rápidas pelos lados.

Sem ter a bola, a estratégia é recuperar rapidamente para se manter no ataque. Porém, quando a posse é dos adversários, encaixes individuais em pressão alta são características. Já marcando de maneira menos exposta, a equipe se posta com quatro defensores, um volante, quatro jogadores na linha média e o centroavante, que deve fechar o passe dos zagueiros rivais.

Em quem ficar de olho

Em período de reestruturação, a seleção uruguaia tem três pilares: o zagueiro – e mais experiente – Jose María Giménez, o meio-campista Federico Valverde e o atacante Darwin Núñez. Os jogadores de Atlético de Madrid, Real Madrid e Liverpool, respectivamente, são as principais esperanças do grupo.

Além deles, o volante Rodrigo Bentancur, do Tottenham, aparece como uma espécie de “coadjuvante de luxo”. Volante de boa estatura e passe qualificado, ele é o ponto de equilíbrio entre defesa e ataque. Contra o Brasil, para encorpar o setor, o meio-campista pode ter ao seu lado Manuel Ugarte, do Manchester United, reserva na vitória por 3 a 2 contra a Colômbia, na última sexta-feira, 15.

Já entre as peças de ataque, os pontas Facundo Pellistri, do Panathinaikos, e Maximiliano Araújo, do Sporting, ajudam a munir os homens que atacam por dentro. No centro ofensivo, além Darwin, uma peça que merece atenção é Rodrigo Aguirre, do América do México, que estreou no jogo passado e já deixou o seu primeiro pela Celeste.

Marcelo Bielsa deve escalar o Uruguai para enfrentar o Brasil com uma mudança na lateral-direita, visto suspensão de Nahitan Nández. Assim, o time deve ser Sérgio Rochet; Guillermo Varella, José María Giménez, Mathías Oliveira, Marcelo Saracchi; Rodrigo Bentancur, Federico Valverde; Facundo Pellistri, Maximiliano Araújo; Rodrigo Aguirre e Darwin Núñez.

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