A vitória por 2 a 0 do Barcelona no clássico catalão sobre o Espanyol, pela Liga F, o Campeonato Espanhol de futebol feminino, no último domingo, 10, foi marcado por uma pesada denúncia.
Aos 15 minutos de jogo, Mapi León, jogadora do Barça com passagem pela seleção espanhola, discutiu com a adversária Daniela Caracas e pôde ser vista encostando sua mão nas partes íntimas da rival.
Nas redes sociais, foi levantada a hipótese, com base em leitura labial, de Mapi León ter perguntado a Daniela Caracas se ela teria um pênis (tienes picha?, teria sido a frase em espanhol chulo).
O Espanyol emitiu uma nota de repúdio sobre o lance e cobrou providências ao que considerou um gesto “inaceitável e que não deve passar despercebido.”
“María Pilar León, no meio de uma discussão com nossa jogadora, Daniela Caracas, fez um gesto que violou a privacidade de nossa jogadora. Embora Caracas não tenha conseguido reagir naquele momento devido ao impacto da situação; mais tarde, quando se conformou com o ocorrido, ele percebeu a gravidade do gesto, mas preferiu não reagir com raiva para evitar sanções disciplinares e danos à equipe”, diz um trecho do comunicado (leia na íntegra abaixo).
Mapi León e o Barcelona não se manifestaram sobre o caso até o momento. A jogadora de 29 anos ganhou notoriedade nos últimos anos ao se recusar a integrar a seleção espanhola, que posteriormente se consagraria campeã do mundo, por não concordar com ações da federação espanhola, como a manutenção do técnico Jorge Vilda.
Sem León, mas com outras companheiras que haviam liderado protestos, a Espanha foi campeã do mundo em 2023. Na premiação, o então presidente da federação Luís Rubiales deu um, em caso de assédio que lhe rendeu o banimento do futebol por três anos.
