O técnico do Santos, Pedro Caixinha, fez coro às críticas dos principais jogadores do futebol brasileiro aos gramados sintéticos. Nesta quarta-feira, 19, durante a entrevista coletiva após a vitória do clube paulista sobre o Noroeste, ele disse não ver futebol de alto rendimento sendo jogado em superfícies sintéticas citando como exemplos torneios como a Champions League, a Copa do Mundo e a Eurocopa.

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“Na Europa, a Uefa proíbe essa superfície. Só são utilizadas em centro de formação para que os jovens jogadores tenham outro tipo de qualidade no processo de treino. Houve inicialmente  uma proliferação grande nesse tipo de superfície, elas evoluíram muito, mas no meu entender nunca serão capazes de substituir uma superfície natural. Eu sei que o Brasil tem um clima diferente, são diferentes climas em diferentes regiões do Brasil, mas já estive pelo mundo em zonas chuvosas, de muito frio, de muito calor, de muita umidade e as superficies de gramado natural, em quase todas elas, eram fantásticas. Pode existir com relação a isso uma outra vertente polivalente, não só desportiva, mas também de espetáculo”, iniciou dizendo.

“Não cabe a mim decidir ou opinar. As pessoas que organizam que tem que ter uma direção ou entendimento. Não vejo futebol de alto rendimento sendo jogado em superficie sintética da mesma forma que natural. Se não, a própria Champions League, que é o maior torneio de clubes, permitiria. A Copa do Mundo permitiria. A Eurocopa permitiria”, completou.

A polêmica em torno de um possível veto aos gramados sintéticos ganhou força por conta de um manifesto liderado por nomes como o atacante Neymar (Santos), o zagueiro Thiago Silva (Fluminense), o meia-atacante LucasMoura (São Paulo), o atacante Gabigol (Cruzeiro) e o meio-campista Alan Patrick (Internacional).