O técnico Tite está disposto a retomar a carreira no futebol. Livre no mercado desde sua saída do Flamengo, o treinador esteve nesta segunda-feira, 8, no prêmio Bola de Prata, da ESPN, e foi questionado sobre o esu futuro.

Tite, sempre muito político, adotou uma postura cautelosa, mas aproveitou a oportunidade para detalhar a filosofia que busca em seu próximo trabalho. O treinador não respondeu se assumiria o Corinthians novamente e disse que torce por Neymar.

Ideia de jogo e foco em 2026

Ao contrário das especulações sobre destinos imediatos, Tite enfatizou o conceito de futebol que deseja aplicar. O site da GHZ disse que o treinador recebeu sondagem do Grêmio depois que Renato Gaúcho foi demitido. O Besiktas, da Turquia, também estaria negociando com o treinador.

“Quero continuar com a carreira com uma ideia de futebol equilibrado, que se tenha um processo criativo bonito, fazendo gol, porque é a essência, e competitivo de defender, porque precisa vencer. Mas um conceito de fair play e jogo limpo muito marcante”, declarou o treinador.

Essa fala reforça que o objetivo do gaúcho não é necessariamente assumir um clube brasileiro às pressas para preencher calendário, mas sim engajar-se em um projeto sólido.

Silêncio sobre Neymar e Corinthians

Se sobre o estilo de jogo Tite foi claro, sobre polêmicas ele preferiu a discrição. Questionado sobre a relação com Neymar e as críticas recebidas após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Catar, o técnico manteve a ética de vestiário. Ele evitou gerar novas manchetes ou entrar em detalhes sobre eventuais atritos, preservando assuntos internos.

“Vou falar do Neymar em condições normais: é extraordinário. O meio-campista vai errar, de cinco bolas, três, e duas vai decidir, porque tem capacidade criativa impressionante, onde você não imagina que as coisas possam acontecer. Esse é o Neymar. O Neymar tem uma capacidade extraordinária. Estando em suas condições normais, é impressionante o que ele joga”, disse.

Da mesma forma, Tite esquivou-se quando o assunto foi um possível retorno ao Corinthians, clube onde conquistou o Mundial de Clubes em 2012. Respeitando o momento da equipe paulista e evitando criar falsas esperanças ou instabilidade, optou pelo silêncio estratégico, não confirmando nem descartando contatos, mas deixando evidente que seu foco atual transcende o passado alvinegro.

“Não me coloquem em saia justa para julgar os outros profissionais. Eu tenho pelo Dorival uma amizade. Jogamos juntos no Guarani, lá atrás. Torço para que o futebol [do Corinthians] evolua”, completou.