Técnico interino, César Sampaio é cria do Santos; relembre
Ex-volante revelado pelo Peixe assumiu o comando técnico da equipe após a saída de Pedro Caixinha; em 1987, PLACAR destacou o seu surgimento

O Santos optou por demitir o treinador Pedro Caixinha, na última segunda-feira, 14, após maus resultados no início do ano. Jorge Sampaoli é hoje o principal candidato a assumir o cargo. No entanto, enquanto um novo comandante é procurado, quem assume interinamente é César Sampaio.
Auxiliar do Peixe nesta temporada, Sampaio acumulou experiência ao lado de Tite (entre 2019 e 2022 na seleção brasileira e entre 2023 e 2024 no Flamengo). No entanto, como membro da comissão técnica permanente santista, terá seu primeiro trabalho como principal treinador.
Curiosamente, isso ocorrerá justamente no clube em que foi formado e revelado: o Santos. Após experiências no futebol de salão (hoje futsal), o ex-volante chegou em 1983 à base do Peixe, indicado pelo ídolo Lima.
O início da carreira profissional foi em 1986, promovido por Júlio Espinosa, para ocupar espaço na lateral-direita. Como relata matéria da PLACAR, da edição de 15 de junho de 1987, o seu rendimento o levou à seleção brasileira de juniores duas vezes: no Sul-Americano de 1986 e no Torneio de Toulon de 1987.

E para conquistar espaço naquele Santos, César Sampaio tinha a sombra dos anos 60 e 70, além de precisar disputar posição com Dunga. No entanto, o destaque foi tanto que até mesmo o histórico volante, capitão da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994, procurou novos rumos.
“César Sampaio, confiante em seu futebol, pediu para ser reaproveitado como volante, mesmo que tivesse de disputar a posição com Dunga. Agradou tanto que o treinador Formiga nem se importou com a saída do ex-titular, hoje no Vasco. Mais: César Sampaio foi o responsável indireto pela queda do treinador, que vetara a contratação do uruguaio Hugo de León, por julgar que os dois nunca poderiam atuar juntos”, contou a reportagem.
E o resto foi história: César Sampaio brilhou no Santos e no Palmeiras, além de se destacar posteriormente no futebol japonês, pelo Yokohama Flugels. Em 1990, pelo Peixe, venceu a Bola de Ouro e a Bola de Prata PLACAR do Campeonato Brasileiro, repetindo a dose em 1993, com a camisa Alviverde.