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Flamengo embala com ‘traços’ de Filipe Luís em reta decisiva

Rubro-Negro se estabilizou em temporada conturbada quando ex-jogador e ídolo assumiu; confira análise do novo estilo de jogo

A cada jogo que passa, o Flamengo é redesenhado ainda mais com os traços de Filipe Luís. O novo técnico completou um mês à frente do Rubro-Negro e, em sua oitava partida, venceu o Cruzeiro, nesta quarta-feira, 6, na Arena Independência, em Belo Horizonte.

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O placar de 1 a 0 garantiu a posição no G-4, com 58 pontos, e o time seguiu embalado na sequência invicta que já dura cinco confrontos.

O triunfo nesta quarta, no entanto, foi conquistado com o esforço de jogadores considerados reservas. O treinador optou por sequer relacionar Gabriel Barbosa, Arrascaeta, Gerson, Léo Ortiz e Wesley para a partida, o que deu espaço para novos testes.

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Nesse sentido, nomes como Bruno Henrique e Carlos Alcaraz podem vir a ganhar mais espaço no restante do ano. Outros, como Evertton Araújo e Alex Sandro, titulares na ida da final da Copa do Brasil, ainda entraram no decorrer do jogo contra o Cruzeiro, garantindo ritmo para a final contra o Atlético Mineiro, no próximo domingo, 10, na Arena MRV.

Em coletiva de imprensa após vencer a Raposa, Filipe Luís não reclamou do calendário. Segundo ele, a sequência de jogos pode ser benéfica e as ausências foram por razões estritamente físicas.

“Eu sou do pensamento que quanto mais o jogador joga, melhor ele fica. Não quis poupar ninguém hoje. Os jogadores que ficaram é porque não estavam nas melhores condições de viajar. Os que jogaram somaram minutos, os que entraram também. O corpo humano é uma máquina de adaptação. Então, se o jogador joga, joga, joga, melhor ele fica e mais ele está acostumado”, disse.

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Os números do Flamengo de Filipe Luís

Apesar de ser constituído com diferenças notáveis, o Flamengo de Tite e o de Filipe Luís têm algo em comum: propor o jogo. Sob comando do ídolo da torcida, a posse de bola média é de 53,2%.

Por outro lado, em duas partidas decisivas, o Mengão de Filipe leu as circunstâncias e conseguiu resultados ficando menos tempo com a bola. Na volta da semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians, o 0 a 0, com um jogador a menos na maior parte do duelo, saiu de uma atuação com 40% de posse.

Já na final, o Rubro-Negro teve 43% de posse durante a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro. A tônica do confronto, no entanto, passou por um time efetivo no ataque, com espetadas se aproveitando de espaços deixados na linha alta.

Quando o aspecto é a criação, o Flamengo de Filipe Luís se destaca pelos 12 gols e pelas 23 grandes chances a seu favor. Além disso, foram 115 chutes tentados e 432 entradas no terço final de campo, segundo o Sofascore.

Em contrapartida, o time não é um grande exemplo de “segurança-plena”. Mesmo com só 6 gols sofridos, foram 11 chances claras concedidas, 90 finalizações contrárias e 358 entradas no terço final conseguidas pelos adversários.

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