Dorival nega mágoa, mas vê trabalho inacabado no Flamengo: ‘Vou voltar’
Em entrevista à PLACAR, técnico diz que 'ainda não terminou o que realizaria' no clube e vê outros dois trabalhos em aberto; edição de agosto chega às bancas dia 11
O dia 25 de novembro de 2022 não representou o fim da história do técnico Dorival Júnior com o Flamengo. Ao menos, é o que assegura o próprio treinador. Em entrevista exclusiva que estará na edição de agosto de PLACAR, que chega às bancas no próximo dia 11, o atual comandante do São Paulo diz não ter mágoas pelo encerramento inesperado do ciclo no Rubro-Negro, logo após as conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores do último ano, e acredita que ainda voltará para encerrar o seu trabalho no clube carioca.
“Com relação ao Flamengo, eu só tenho a agradecer. Não tenho que questionar nada. Era o fim do meu contrato naquele momento e a diretoria tinha o direito de fazer uma renovação, ou não. Optaram pela não renovação, vários assuntos foram abordados, mas prefiro não comentar porque a mim, diretamente, não houve nenhuma colocação. Se tivesse acontecido um encontro em que tivessem me posicionado sobre um ou outro assunto, aí eu falaria sem problema nenhum. Tudo o que foi levantado, eu não sei se foi levantado ou questionado pelo momento, pelo alcance dos resultados que ninguém esperava naquele ano ou apenas uma situação que as pessoas provocam para que de repente alguém responda de alguma maneira. Eu preferi apenas ficar quieto, respeitar a posição tomada, entender e agradecer por todo o carinho que tive lá dentro, por tudo que recebi e recebo do torcedor flamenguista, desde o momento em que lá cheguei até a minha saída”, disse o treinador.
“Eu tinha certeza que voltaria ao Flamengo em algum momento, por isso que quando aconteceu o convite, e estava no Ceará, eu não relutei. Comuniquei primeiramente à diretoria do Ceará e aceitei o convite porque eu tinha uma convicção muito grande que eu ainda voltaria ao Flamengo, como um dia ainda vai acontecer [de voltar]. Não sei se daqui a cinco, seis, sete anos… tenho [essa convicção] porque ainda não terminei o que eu realizaria lá dentro”, completou.
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Dorival usou raciocínio semelhante quando falou pela primeira vez no retorno ao São Paulo, em 21 de abril. Na ocasião, explicou que chegaria ao clube para dar sequência ao primeiro trabalho que desenvolveu no Morumbi – entre 2017 e 2018. Ele via passagem de cinco anos antes pelo Tricolor também inacabada.
“As pessoas sabem que o trabalho do São Paulo foi interrompido no principal momento porque quando a diretoria mais precisou de alguém eles confiaram a mim o trabalho, que era uma zona de rebaixamento”, explicou à PLACAR. “Se tivessem tido um pouquinho de paciência não tenho dúvidas de que aconteceria da mesma forma e aquele trabalho teria sucesso. Por isso sabia, no meu íntimo, que voltaria ao São Paulo”.
O Flamengo não é o único clube para o qual Dorival quer retornar. Ele afirma que há pelo menos outros dois em que sente que deixou obras inacabadas: Palmeiras e Cruzeiro, que tiveram trabalhos interrompidos, são candidatos fortes, mas o treinador prefere deixar os nomes para a imaginação do torcedor.
“Assim como dois ou três clubes na minha carreira que os trabalhos estão incompletos e que ainda acontecerá. Não gostaria de falar [quais são eles]. Apenas falei sobre o Flamengo e o São Paulo pela abordagem que existiu, mas as pessoas sabem que outros trabalhos também ficaram interrompidos pelos momentos até porque os resultados que haviam sido alcançados foram muito bons”, afirmou.
Nos próximos dias, PLACAR divulgará outros trechos da entrevista com Dorival Júnior, tanto no site quanto na PLACAR TV. Ele fala também sobre os motivos para ter ficado quase cinco meses sem trabalhar, a falta de reconhecimento, mudanças necessárias no futebol do país, e muito mais. A íntegra da entrevista e a edição de agosto saem no dia 11.
