Ídolo com 12 anos prestados, o goleiro Cássio se despediu oficialmente do Corinthians neste sábado, 18, em coletiva de imprensa no CT Dr. Joaquim Grava. A saída do jogador de 36 anos foi oficializada na última sexta-feira, em rescisão contratual. A expectativa é que seja anunciado como reforço do Cruzeiro nos próximos dias.
“Para muitos pode ser um dia triste, mas por lembrar de tudo, eu fico feliz. Eu olho para trás e vejo tudo o que eu construí. O Corinthians existia antes do Cássio, e vai continuar forte depois do Cássio. É agradecer a todos os funcionários, presidentes e torcedores por tudo que a gente viveu aqui. Eu saio bem tranquilo porque eu fiz de tudo, fiz o meu melhor, me dediquei. Eu saio em paz”, disse Cássio, em pronunciamento antes da coletiva.
Ainda antes do início das perguntas, o presidente Augusto Melo tomou a palavra para agradecer e anunciar a construção de um busto em homenagem ao goleiro. Cássio recebeu uma camisa com o número 712, representando a quantidade de jogos pelo clube, além de homenagens das torcida organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12.
“É bom que vão fazer o busto comigo em vida, geralmente é depois de morto”, brincou Cássio, durante a despedida.
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Confira abaixo alguns momentos da coletiva e falas de Cássio:
“Em algum momento a gente entende que o ciclo acabou. Estou tranquilo quanto a isso. Quando olha para trás e vejo tudo que a gente conquistou… no começo do ano eu tive a possibilidade de sair e entendi que não era momento, mas achei que agora era. E sair bem, sabe? São 12 anos e cinco meses, e nesse momento eu preciso de um novo desafio”.
“Eu não estou saindo do Corinthians porque estou indo para o banco de reservas, estou saindo porque a gente tem que entender que o ciclo acaba. Precisamos ter grandeza para entender isso. Eu fui para o banco em outros momentos e não saí do clube. Também não estou saindo por atrito, nunca tive problema com ninguém. Enquanto eu estive aqui eu sempre coloquei minha cara e fiz de tudo para ajudar. Saio com o dever cumprido”.
Desabafo contra o Argentinos Juniors
“Acho que é coincidência. Tudo acontece quando tem que acontecer. Em muitos momentos eu fui pressionado, nada é pior do que ver sua família ser ameaçada, isso aconteceu em 2022, e mesmo assim em permaneci forte. Depois que eu desabafei, no dia seguinte eu estava leve. Acho que sou sincero demais às vezes”.
“Eu não sabia que tinha chegado a 712 jogos, o número que eu jogo, emblemático, mas não foi naquele momento. Conversei muito com minha esposa, minha família, pedi muito a Deus sabedoria. Aquele dia eu desabafei, não estava muito bem e é algo que temos que ter cuidado, principalmente com os novos jogadores. Eu passei muita coisa aqui e sei como é, as vezes a cobrança excessiva faz o jogador perder o foco. Eu desabafei e me senti bem, pronto para uma nova batalha”.





