Volante foi pego no antidoping, mas disse que usa medicamentos (que podem conter substâncias proibidas) para controlar a doença. Ele retirou um tumor no testículo
O volante Márcio Rodrigues, o Magrão, que passou por Corinthians, Palmeiras e Internacional, revelou um drama pessoal. Aos 36 anos, ele reforçou o Novo Hamburgo para a disputa do Campeonato Gaúcho – nesta quinta, a equipe foi eliminada pelo Grêmio, nos pênaltis, nas quartas de final – e, após ser flagrado em um exame antidoping, contou que luta contra um câncer desde 2011, quando ainda atuava nos Emirados Árabes.
Leia também:
Paulistão: FPF define datas das quartas com Palmeiras no domingo de manhã
São Paulo vence no Morumbi e rebaixa a Portuguesa
Carioca define semifinais com Botafogo x Fluminense e Flamengo x Vasco
“Descobri um tumor maligno e tive que retirar o testículo. Assim, preciso tomar medicamentos por mais de cinco anos para controlar o câncer. Somente minha família e os amigos mais próximos sabiam disso. Infelizmente, tenho que externar o ocorrido para conseguir me defender. Tudo está documentado”, contou Magrão, na Arena do Grêmio. Como possuía direito à contraprova, Magrão foi liberado para defender o Novo Hamburgo, que foi eliminado após empate em 1 a 1 e derrota por 6 a 5 nos pênaltis – Magrão converteu sua cobrança.
O jogador foi flagrado com índices altos de HCG, um hormônio, feminino, o que, segundo ele próprio, pode ter sido causado pelos remédios que toma. Caso seja punido, a suspensão estimada é de apenas uma partida. Visivelmente emocionado, mas tranquilo quanto ao desfecho da situação, Magrão recordou sua trajetória no futebol. “Tenho quase 20 anos de carreira. Nesse período, acho que ficou provado meu caráter como pessoa. Vim dizer isso principalmente pelo torcedor que gosta de mim, para agradecer minha família e até pedir desculpas. Não queria que tivesse que externar isso. Porém, posso garantir que não fiz nada ilícito”.
Revelado na grande equipe do São Caetano no fim da década de 1990, Magrão passou por Palmeiras, Corinthians, Inter, Cruzeiro, Náutico e América-MG no Brasil. No exterior, defendeu o Yokohama Marinos, do Japão, e Al Wahda e Dubai Club, dos Emirados Árabes.
(Com Gazeta Press)