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Racista e teimoso: dono nega-se a vender Clippers

Banido da presidência, Donald Sterling ainda pretende processar a NBA

Mesmo banido da NBA por ofensas racistas e com toda a opinião pública contra, o milionário americano Donald Sterling, de 80 anos, não pretende vender o Los Angeles Clippers, nem mesmo a uma celebridade – nos últimos dias Oprah, Floyd Mayweather e Puff Daddy mostraram interesse em adquirir a franquia. Na quarta-feira, Sterling não só disse estar contrariado com a punição imposta pela liga – suspensão do cargo e multa de 2,5 milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de reais) – como cogitou acionar judicialmente a NBA.

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O comissário da liga responsável pelo banimento de Sterling, Adam Silver, no entanto, garante que fará de tudo para ver o empresário fora do cargo. Nesta quinta-feira, a entidade convocará uma reunião para formalizar a futura venda da equipe de Los Angeles. Para isso, entretanto, 75% dos 29 donos das outras franquias terão que votar a favor do movimento. Mas os outros presidentes já teriam sido ameaçados por Sterling, de acordo com o jornal Daily News. Ele deve levar o caso à justiça, com base no artigo da constituição da NBA que trata de “atos intencionais” – tema de complexa interpretação.

Outra saída cogitada por Sterling, de acordo com o jornal, seria passar o comando dos Clippers para esposa Shelly Sterling – ele segue casado, apesar de ter assumido o relacionanto com a amante V. Stiviano. A esposa de Sterling sempre se posicionou a favor dos jogadores, assim como todas as personalidades que resolveram tocar no assunto. Astro do basquete americano, LeBron James foi um dos últimos a tratar do caso. “Não há espaço na nossa liga para ele. Obviamente, não será da noite para o dia. Não vamos acordar amanhã com a equipe nas mãos de outras pessoas. Mas precisamos dar o próximo passo”.

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O caso teve início no sábado, quando o site americano TMZ divulgou a conversa telefônica na qual Sterling recriminava a amante V. Stiviano por publicar uma foto ao lado de Magic Johnson em seu perfil no Instagram. “Fico muito incomodado em você querer aparecer ao lado de pessoas negras. Por que você faz isso? Você pode dormir (com negros), pode fazer o que quiser. A única coisa que peço é que não divulgue isso. E não os traga aos meus jogos”, disse Sterling. A declaração recebeu críticas até do presidente Barack Obama. “Quando as pessoas ignorantes querem mostrar sua ignorância, na realidade não há nada a dizer, a não ser deixá-los falar.” O técnico do Clippers, Doc Rivers, que também é negro, o astro do Miami Heat, LeBron James, e DeAndre Jordan, jogador da franquia de Sterling, também criticaram Sterling.

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