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Por que a Argentina não gostou do árbitro das quartas da Copa América

O colombiano Wilmar Roldán, que apitará a partida contra a Venezuela, ficou marcado por não marcar dois pênaltis na final de 2015 do torneio sul-americano

Como se não bastassem os problemas técnicos da seleção e a pressão sobre Lionel Messi, surgiu esta semana uma nova polêmica antes do confronto eliminatório da Argentina frente a Venezuela, pelas quartas de final da Copa América. O sorteio colocou como juiz do jogo da próxima sexta-feira, no Maracanã, o colombiano Wilmar Roldán. O árbitro de 39 anos é acusado pelos argentinos de ter favorecido o Chile na final do torneio sul-americano de 2015 – a competição, disputada em território chileno, foi vencida pelos donos da casa. Além disso, Roldán é conhecido por já ter recusado, mais de uma vez, o auxílio do VAR, o árbitro de vídeo (inclusive na última Copa do Mundo).

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Tabela completa da Copa América 2019 

A desconfiança dos argentinos ganhou força após a final disputada no Estádio Nacional, em Santiago, em 4 de julho de 2015. A época, a seleção de Messi estava há 22 anos sem um título e chegava à decisão da Copa América novamente pressionada. Fazia apenas um ano do vice-campeonato mundial, após derrota para a Alemanha na prorrogação. Para a crônica esportiva da Argentina, eles só não ganharam aquela taça por culpa de Wilmar Roldán. Os perdedores acusam o árbitro de ter sido conivente com o excesso de faltas dos chilenos, inclusive em dois lances de pênalti não marcados pelo juiz colombiano.

No primeiro tempo daquela final, o chileno Gary Medel acertou um chute na barriga do camisa 10 argentino. O lance gerou alvoroço entre os argentinos pois Roldán mostrou apenas um cartão amarelo para o defensor. Aos 43 minutos do segundo tempo, o lance mais ruidoso: após um cruzamento de Messi na grande área, o lateral-esquerdo Marcos Rojo foi agarrado por Francisco Silva. O árbitro fez vista grossa, apesar das reclamações incisivas do então técnico da Argentina Tata Martino. Ao final da prorrogação, outro puxão chileno, dessa vez em Ezequiel Lavezzi, também foi ignorado. O Chile acabou conquistando o troféu inédito da Copa América na disputa por pênaltis.

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O histórico da Argentina com o Wilmar Roldán no apito reforça a antipatia. Foram cinco jogos, dos quais o time alviceleste só saiu vencedor uma vez (em 2011, um confronto novamente contra o Chile, vencido por 4 a 1 e válido pelas Eliminatórias da Copa). Além da derrota nos pênaltis para o Chile na decisão de 2015, o árbitro colombiano também trabalhou no revés argentino contra a Bolívia, em La Paz, no torneio classificatório para a Copa da Rússia.

 

Polêmicas com o VAR

Quando o árbitro de vídeo ainda era uma novidade recém adotada em campeonatos de grande porte, Roldán apitou confronto argentino entre Lanús e River Plate válido pela Copa Libertadores. Na ocasião, ele foi acusado de usar pesos diferentes para lances de penalidades máximas. O árbitro colombiano foi consultar o monitor do VAR para marcar um pênalti para o Lanús após um puxão de camisa. Mas quando a possível infração foi a favor do River, Roldán preferiu seguir o próprio instinto e não marcou toque de mão dentro da área.

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Na Copa do Mundo na Rússia, nova confusão. O colombiano ficou marcado por ser o único árbitro do Mundial a ignorar o chamado do VAR. Roldán marcou um pênalti inexistente para a Arábia Saudita contra o Egito. Mesmo depois de ser alertado pelo árbitro de vídeo sobre o erro, preferiu seguir com a marcação. Coincidência ou não, o colombiano não voltou a atuar na competição depois da mancada. Roldán parece ter aprendido com os equívocos do passado, mas mesmo assim continua a se atrapalhar. Num jogo do Campeonato Colombiano no último mês de abril, ele fez exatamente o oposto: fez o sinal do VAR com as mãos para indicar que voltou atrás na anulação de um gol. O único problema é que a competição em questão não tinha o recurso do árbitro de vídeo.

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Na Copa América desse ano, o colombiano atuou como o próprio árbitro de vídeo no jogo entre Equador e Chile. Roldán chamou o árbitro central Patricio Loustau para ver uma falta do goleiro chileno fora da área. Ele considerou que o lance seria para revisão por ser passível de cartão vermelho, mas as imagens deixam em dúvida se ele encostou ou não no atacante Ibarra. “Isso é um absurdo. Não está no protocolo da Fifa a revisão de uma falta”, analisou Salvio Spinola, comentarista de arbitragem do canal por assinatura SporTV durante a transmissão.

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