Morre Zé Carlos, lateral da seleção na Copa de 1998
Ex-lateral-direito, de 55 anos, foi vítima de um infarto; jogador atuou na semifinal do Mundial contra Holanda
O ex-lateral Zé Carlos, do São Paulo e da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998, morreu nesta sexta-feira, 25, em Osasco, na Grande São Paulo. O ex-jogador, de 55 anos, não resistiu a um infarto.
Zé Carlos nasceu em Presidente Bernardes, a 600 km da capital, e começou a jogar futebol no interior paulista. Em 1997, chamou a atenção no cenário nacional com a camisa do São Paulo, vindo da Matonense.
O São Paulo Futebol Clube manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de Zé Carlos, aos 56 anos, e decreta luto oficial. Ele foi lateral-direito do Tricolor no título paulista de 1998, ano em que também defendeu o Brasil na Copa do Mundo.
Nota de pesar: https://t.co/QA0zJCutPx pic.twitter.com/iMtx5jeGNU
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) October 25, 2024
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As boas atuações o levaram para a seleção brasileira. Na semifinal do Mundial de 1998, o jogador precisou substituir Cafu, que estava suspenso. O Brasil venceu a Holanda nos pênaltis depois de 1 a 1 no tempo normal.
Zé Carlos se aposentou dos gramados em 2005, pelo Noroeste, com um currículo incomum. Até os 22 anos, apenas jogava peladas com os amigos, ainda como meio-campista, quando fez um teste no São José dos Campos, então treinado por Emerson Leão. De lá, foi para o Nacional, da capital paulista, onde foi orientado a se tornar um lateral, para aproveitar sua força física e capacidade de fazer bons cruzamentos. Ainda passou sem sucesso por São Caetano, União São João, entre outras equipes, até chegar à Matonense, em 1997. Campeão da Série A2 do Paulistão, recebeu uma ligação do São Paulo.
“Nunca tive empresário, sempre atendi meu telefone. O treinador Darío Pereyra gostou de mim, e fui para o Morumbi. Tudo mudou”, disse Zé Carlos, em entrevista a PLACAR, em setembro de 2021.
O jeito divertido – imitava animais na concentração e nas entrevistas – e, sobretudo, sua forma instintiva e eficiente de atacar logo chamaram a atenção.
“Minha especialidade era o cruzamento. A cada assistência eu vibrava como se fosse gol”, lembrou o ex-jogador na entrevista.
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