Em uma tarde de puro dramatismo e redenção no Beira-Rio, o Internacional operou o milagre que sua torcida tanto esperava. Precisando vencer e torcer contra adversários diretos na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Colorado fez sua parte ao derrotar o RB Bragantino por 3 a 1. A vitória, combinada com a derrota do Ceará para o Palmeiras, garantiu a permanência do clube gaúcho na Série A, encerrando a competição na 16ª colocação e evitando uma tragédia histórica.
PLACAR agora está nas bancas e em todas as telas. Assine a revista digital
Tensão e trave no primeiro tempo
O clima no Beira-Rio era de final de campeonato desde o apito inicial. O Inter, ciente de que apenas a vitória interessava, tentou impor pressão, mas o nervosismo era visível. O primeiro tempo foi marcado por um jogo truncado, onde o goleiro Rochet precisou trabalhar para evitar que o pesadelo aumentasse, defendendo chutes perigosos de Alan Rodríguez e Eduardo Sasha.
O momento de maior angústia para os colorados na etapa inicial ocorreu aos 30 minutos. Após cruzamento venenoso de Aguirre, Bruno Gomes desviou e a bola explodiu no travessão, arrancando o grito de “quase” da garganta dos mais de 21 mil torcedores presentes. O placar zerado no intervalo, somado aos resultados parciais dos outros jogos, mantinha o Inter na zona de rebaixamento, aumentando a pressão para os 45 minutos finais.
Mercado abre o caminho da salvação
A conversa no vestiário surtiu efeito imediato. Logo aos 4 minutos do segundo tempo, a tensão começou a se dissipar. Após uma cobrança de escanteio e um bate-rebate, Vitão ergueu a bola na área e o zagueiro Gabriel Mercado, na base da vontade, cabeceou para o fundo das redes. O gol de abertura foi o combustível que o time precisava, coincidindo com as notícias vindas de outros estádios que começavam a favorecer o clube gaúcho.
Pênalti, banco decisivo e alívio final
Com a vantagem no placar, o Inter passou a controlar melhor as ações, enquanto o Bragantino buscava o empate. A tranquilidade definitiva veio dos pés de seus líderes e das escolhas do técnico Abel Braga. Aos 31 minutos, Fernando, que acabara de entrar no time paulista, cometeu pênalti em Aguirre. O capitão Alan Patrick assumiu a responsabilidade e converteu, ampliando para 2 a 0.
Pouco depois, aos 35, a estrela do banco brilhou. Ricardo Mathias lançou Carbonero em velocidade; o atacante saiu cara a cara com o goleiro e não perdoou, marcando o terceiro e decretando a festa nas arquibancadas. O Bragantino ainda descontou com um golaço de fora da área de Jhon Jhon aos 41 minutos, mas já era tarde para qualquer reação. Ao apito final, a celebração no Beira-Rio não foi de um título, mas de um alívio imenso: o Gigante permanece na primeira divisão.



