Gabriel Jesus quebra jejum de três anos e aumenta ‘dor de cabeça’ de Tite
Atacante voltou a marcar pela seleção brasileira após 1062 dias e dá sinais de ter recuperado fôlego na briga por vaga no ataque titular
Gabriel Jesus marcou na manhã desta quinta-feira, 2, o último gol da seleção brasileira na vitória por 5 a 1 sobre a Coreia do Sul, em amistoso disputado em Seul. O feito que fechou a goleada significou pouco para o jogo, mas muito para o atacante. Jesus pôs fim a um incômodo jejum de 19 partidas, ou 1062 dias, sem marcar com a camisa do Brasil e a três jogos da Copa do Mundo dá sinais de ter recuperado fôlego na briga por vaga no ataque.
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Muito pressionado pela torcida após encerrar o mundial da Rússia sem balançar as redes, o jogador caiu em rendimento já no ano seguinte. Bancado por Tite em muitos dos jogos neste ciclo, via a ausência de gols como uma sombra. O último havia sido marcado na final da Copa América de 2019, em 7 de julho daquele ano, diante do Peru.
Em outubro, em sua última entrevista coletiva pela seleção, Jesus disse compreender as críticas que recebeu no período. “Vendo pelo meu lado torcedor, as críticas ao meu desempenho em 2018 são compreensíveis. O que eu posso fazer é trabalhar e buscar evoluir. Espero fazer meu melhor e ficar mais perto de disputar mais uma Copa e que dessa vez as coisas aconteçam diferente”, explicou na ocasião.
Deslocado para a ponta, em razão da modificação de posicionamento nas atuações pelo Manchester City, o camisa 18 ficou mais distante da área e ainda mais pressionado pela ausência de gols. Se recuperou recentemente com um bom final de temporada.
Pelo City, após um jejum de oito jogos entre janeiro e abril, virou peça fundamental para a equipe nos últimos jogos do ano. Voltou a marcar em 10 de abril, em jogo diante do Liverpool, e chegou a marca de sete gols em dez partidas finais disputadas. Contra o Watford, balançou as redes quatro vezes.
Agora, o atacante pode ter a chance de respirar novos ares. Alvo de Arsenal e Liverpool nesta janela de transferências, também subiu de patamar na seleção brasileira. O gol desta quarta pode representar a “virada de chave”.
A concorrência, no entanto, é dura. Para atuar como centroavante, Gabriel precisa enfrentar Richarlison e Matheus Cunha, além de Hulk e Gabriel Barbosa, que não foram chamados.
Enquanto isso, a briga para vaga no lado direito ainda tem nomes como Antony, Raphinha e Rodrygo. Jesus tem 64 partidas pela seleção brasileira, o sexto com mais jogos entre os atuais convocados.