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Daniel Dias: a despedida de um herói brasileiro

Recordista de medalhas da natação masculina no esporte paralímpico do Brasil se aposentará ao final dos Jogos de Tóquio

O sorriso mais conhecido do esporte paralímpico do Brasil já prepara suas últimas aparições. Daniel Dias, 33 anos, recordista de medalhas da natação masculina, se aposentará ao final dos Jogos de Tóquio, abertos no último dia 24. “O adiamento do torneio em um ano e a pandemia só aumentaram minha ansiedade. Estou muito feliz e quero aproveitar ao máximo a minha despedida”, disse a VEJA. Daniel iniciou o evento onde mais gosta, no pódio, com um bronze nos 200 metros livre na classe S5. Foi sua 25ª medalha, chegando a catorze ouros, sete pratas e quatro bronzes… e contando, pois restavam outras provas antes do fechamento desta edição. O atleta nascido em Campinas (SP) com malformação congênita nos membros superiores e na perna direita tem poucas pretensões de título, em razão das reclassificações feitas pelo Comitê Internacional, que incluiu nadadores com menos limitações físicas em sua categoria. “A reformulação não foi a ideal”, diz ele. “Por ser no meio de um ciclo, ficou um pouco conturbada. As regras ainda são subjetivas e ajustes podem ser feitos.” O sonho dele, depois, é ser dirigente esportivo. O momento, no entanto, é de alegria e gratidão. “É muito bom poder inspirar pessoas. Quando eu escutei de uma criança sem deficiência que eu era um exemplo para ela, pensei: este é mesmo um legado intangível”, afirma o multicampeão, que começou a nadar ao ver o ídolo Clodoaldo Silva nos Jogos de Atenas, em 2004. Com 4 400 competidores de 162 países, a Paralimpíada vai até 5 de setembro.

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Publicado em VEJA de 1 de setembro de 2021, edição nº 2753

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