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Com premiação recorde, Copa do Nordeste consolida crescimento em 2024

Fase preliminar chegou ao fim; confira os 16 concorrentes ao título e uma análise sobre o sucesso da 'Lampions League'

Passadas as fases preliminares, a Copa do Nordeste 2024 se inicia no próximo sábado, 3, com 16 equipes na disputa e a expectativa por grande competitividade. O tricampeão Ceará defende o título conquistado na última final diante do Sport e terá concorrentes de peso. Carinhosamente apelidado de ‘Lampions League”, o principal torneio regional do país será transmitido em TV aberta pelo SBT e entre os canais pagos por ESPN, Star+, DAZN e Nosso Futebol.

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A primeira fase da Copa do Nordeste é dividida em dois grupos de oito times. Ceará, Sport e Vitória estão no grupo A, enquanto Fortaleza, Bahia e Náutico puxam a fila do B. Os clubes de uma chave enfrentam os da outra, com os quatro primeiros classificados às quartas de final. Bahia e Vitória são os maiores campeões do torneio, com quatro taças, seguidos por Ceará e Sport, com três.

A edição de 2024 será aberta neste sábado, 3, com quatro jogos:

Náutico x Botafogo-PB – 16h – Aflitos, no Recife/PE
Fortaleza x América-RN – 16h – Arena Castelão, em Fortaleza/CE
Itabaiana x CRB -19h – Etelvino Dantas, em Itabaiana/SE
Treze x River-PI – 19h – Amigão, em Campina Grande/PB

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Com cada vez mais prestígio nos últimos anos, o torneio soma parceiros importantes e também promete uma disputa acirrada fora dos gramados, ao reunir equipes com projetos esportivos que têm resultado em novos modelos de gestão e a arrecadação de mais receitas, além de ampliar a visibilidade e o valor de marca dos clubes participantes.

Os rivais Fortaleza e Ceará, por exemplo, são dois dos clubes que obtiveram maior valorização entre 2020 e 2023, conforme recente estudo da Sports Value, que apontou o Leão como o terceiro a ter maior valorização no Brasil no período, de 152%, enquanto o rival alvinegro cresceu 62% e ficou na nona colocação no ranking nacional.

No caso do Fortaleza, o clube conta com projeto de gestão de longo prazo, desde 2017, quando Marcelo Paz assumiu a presidência do clube. Atualmente ele é CEO da SAF do Fortaleza, constituída em 2023, e destaca como o Leão vem apostando cada vez mais no crescimento da marca, inclusive com maior exposição internacional, a partir sucessivas participações na Libertadores e o vice da Copa Sul-Americana em 2023. “Mantemos um departamento comercial extremamente ativo e trabalhamos com bastante enfoque no licenciamento. Isso tudo potencializa a marca e a exposição internacional”, pontua.

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Outra equipe de destaque na Copa do Nordeste é o Bahia, que conta com investimentos do grupo City e, para esta temporada, reforçou o elenco com nomes de destaque, como o meia Everton Ribeiro, e realizou três das maiores compras do futebol nordestino, casos de Caio Alexandre, Jean Lucas e Moisés. Fora de campo, também há acordos de destaque que fortalecem o clube, como o contrato de patrocínio com o Esportes da Sorte, o maior da história da agremiação, além de parcerias para impulsionar o programa de sócios-torcedores, que em dezembro chegou à marca histórica de 55 mil associações.

“Entendemos que é necessário tratar o torcedor com o respeito que ele merece. Buscamos inverter a ótica presente no futebol brasileiro em que, muitas vezes, parece que o clube faz um favor ao deixar o apoiador se tornar um sócio. O torcedor é a figura mais importante e os clubes precisam estar prontos para atendê-los. Essa é a linha que construímos dentro do projeto com as equipes”, destaca Henrique Borges, CEO da Somos Young, empresa que realiza o atendimento aos sócios-torcedores do Bahia.

Também há clubes que mantêm patrocínios importantes, caso do Vitória, com o Fatal Model, parceira do Leão da Barra desde o início de 2023 e que inclusive já realizou proposta de R$ 100 milhões para dar nome ao Barradão, estádio do clube, por dez anos de contrato. Campeão da Série B em 2023, a equipe tenta neste ano o quarto título da Copa do Nordeste.

Nesse cenário, Rene Salviano, CEO da Heatmap, agência que atua com marketing e patrocínio esportivo, ressalta o novo momento vivido pelo futebol nordestino e pela Copa do Nordeste nos últimos anos: “Estamos presenciando um momento em que as equipes brasileiras, em geral, têm se destacado com a geração de novas fontes de receitas e a profissionalização dos modelos de gestão, e com os clubes do Nordeste não é diferente. Esse movimento, com certeza, valoriza muito a competição”, avalia.

Além da competitividade dentro de campo, neste ano a Copa do Nordeste segue com visibilidade em alta e contará com partidas transmitidas via streaming pelo DAZN, além de opções nos canais Nosso Futebol, ESPN e SBT, sendo o último na TV aberta. A competição ainda conta com parceiras como a Perdigão, que pretende ampliar ainda mais o alcance do torneio.

Outro parceiro de destaque da competição é a Penalty, desde janeiro de 2023, com a bola ‘Asa Branca’, leds e uniforme de arbitragem. A empresa tem forte ligação com a região, já que todas as três fábricas ficam no Nordeste: duas na Bahia e uma na Paraíba. “O fato das nossas três fábricas estarem no Nordeste, já faz a região ser importante para nós, em todos os sentidos. Pensando só na Copa do Nordeste, o nordestino é apaixonado pelo futebol, lotando estádios, engajando nas redes sociais e isso faz a competição crescer cada vez mais, se tornando um grande atrativo comercial e possibilitando que as marcas se conectem com o público”, analisa Bruno Martins, coordenador de marketing da Penalty.

Seguindo pela linha da visibilidade da competição, o presidente do Sport, Yuri Romão, também destaca as redes sociais como importante diferencial, já que o rubro-negro destaca-se, atualmente, como o clube nordestino com mais seguidores nas mídias digitais, aparecendo na 14ª colocação no ranking nacional: “As redes sociais são importante forma de informação e de engajamento com os torcedores. E estarmos entre os 15 mais bem colocados do país no ranking de audiência mostra a fidelidade do nosso torcedor e a resposta bastante positiva ao nosso trabalho”, afirma.

Premiação recorde

Comercialmente, a competição ainda se destaca pelo retorno financeiro oferecido aos clubes. Neste ano, será distribuída a maior premiação da história do torneio, com cerca de R$ 49 milhões ao todo. “A região Nordeste reúne milhões de fãs apaixonados pelo futebol e apresenta enorme potencial para angariar receitas. Tanto os clubes quanto o torneio vêm se fortalecendo, o que por sua vez estimula o potencial comercial da competição assim como o aumento nas premiações”, avalia Rogério Neves, CEO da Motbot, empresa que atua com crowdfunding esportivo, atendendo clubes, atletas olímpico e instituições de caridade.

Embalada pelo crescimento do futebol na região, a Casa de Apostas sacramentou, no final de 2023, a compra dos naming rights da Arena Fonte Nova, em acordo válido por quatro temporadas. “Sabemos do potencial do futebol no nordeste e tivemos enorme satisfação em concretizar essa ação de grande magnitude, em que esperamos bons frutos tanto para a Casa de Apostas quanto para a Arena Fonte Nova e, principalmente, para o público. Além disso, também celebramos a aquisição de cotas de patrocínio nas transmissões do SBT durante a Copa do Nordeste, que é a paixão do povo nordestino e apresenta cada vez mais destaque no cenário nacional”, destaca Anderson Nunes, head de negócios da companhia.

Outra companhia que aproveitou esta crescente é a Soccer Hospitality, responsável pela gestão de camarotes em cinco estádios da série A, e que irá inaugurar o segundo espaço premium em estádios do Nordeste. Com ativações inusitadas em um estádio de futebol, como shows ao vivo, open bar, barbearia e até estúdio de tatuagem, o Esquadrão Zone ficará localizado na Fonte Nova e deve ser inaugurado no mês de março. A empresa também opera o Timbuzone, camarote no Estádio dos Aflitos, casa do Náutico-PE.

“A expansão da empresa para o Nordeste foi extremamente importante para a nacionalização da Soccer Hospitality. A ideia é levar para a Arena Fonte Nova, que é um dos principais palcos do futebol brasileiro, um projeto diferente do que estamos acostumados em um estádio de futebol, com uma experiência completa para que a partida passe a ser apenas um detalhe com tantas atrações”.

 

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