Para o técnico Jorge Sampaoli, o duelo eliminatório com o Brasil, no sábado, é uma chance de fazer sua seleção subir de patamar e deixar de ser coadjuvante
“Temos uma mentalidade que nos permite disputar qualquer jogo sem nenhum tipo de temor”, avisou o técnico Sampaoli
Que ninguém se engane: o Chile acredita, sim, ter chances reais de eliminar o Brasil, e o jogo de sábado, no Mineirão, deverá ser muito duro. Ao mesmo tempo, porém, o adversário que garante não temer a seleção da casa reconhece abertamente que ainda não tem a história ou o peso que justifiquem tamanha confiança. Nada melhor que o jogo que abre as oitavas de final da Copa do Mundo, em Belo Horizonte, para mudar isso. “Ainda precisamos encontrar o que o Brasil já encontrou há muito tempo, que é o seu lugar no futebol mundial”, disse Jorge Sampaoli, o técnico argentino da equipe chilena. “Estamos na nossa busca. Precisamos fazer história de alguma forma. O Brasil já a tem, nós devemos tratar de buscar a nossa.”
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Ao falar sobre a partida nesta sexta-feira, no Mineirão, Sampaoli mostrou estar muito convicto não só sobre �a chance de eliminar o time da casa, mas também sobre fazer uma apresentação marcante, inesquecível – ainda que ela termine com um resultado indesejável. “Mais do que um placar favorável, a imagem que se espera guardar depois de uma partida como essa é a de um grupo que entregou tudo o que tem no campo de jogo e conseguiu se superar diante de todas as adversidades�.” O técnico argentino prevê um confronto “muito intenso”, em que a personalidade de seus atletas pode ser tão essencial quanto suas qualidades técnicas e táticas. “Tentaremos encarar o Brasil mostrando muita valentia, mesmo sabendo que do outro lado está um rival que respeitamos muito.”
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Sampaoli falou várias vezes sobre a força mental de seus atletas, mostrando que não acredita num Chile intimidado e assustado em Belo Horizonte. “No momento atual, temos uma mentalidade que nos permite disputar qualquer jogo sem nenhum tipo de temor”, avisou. “Temos trabalhado de maneira muito intensa para não sermos surpreendidos pelas qualidades que os brasileiros têm.” O treinador não hesitou em listar essas virtudes: “Enfrentamos o Brasil duas vezes no ano passado e sabemos que ele é um time muito direto, que joga com bastante velocidade na transição, faz muitos desarmes, tem dois dos melhores zagueiros do mundo, sem falar em Neymar, um jogador especial”. Jorge Sampaoli sabe que o Brasil “é o favorito de todos”, mas não tem dúvidas: “Faremos uma grande apresentação”.