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Caixa notifica Corinthians de que executará dívida de R$ 450 mi da Arena

Clube se disse surpreso com ‘gesto intempestivo’ do credor e informou que procurará meios legais para se defender

A relação entre Corinthians e Caixa estremeceu nos últimos dias por causa do financiamento do Itaquerão. O banco notificou o clube extrajudicialmente nesta quinta-feira, 12, de que executará na Justiça a dívida total do financiamento do estádio, que atualmente gira em torno de 450 milhões de reais. O clube reagiu e emitiu um comunicado para informar que procurará meios legais para se defender.

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“Se a CEF (Caixa Econômica Federal) escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos”, informou o Corinthians por meio de nota.

O clube e o banco negociavam amigavelmente até então novo parcelamento da dívida. Desde o ano passado existe acordo, que só não foi sacramentado até agora, segundo o Corinthians, pela “perspectiva da iminente troca de comando da Instituição”.

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Havia um acerto prévio com validade até 2028: o clube pagaria parcelas mensais de 6 milhões de reais, de março a outubro, e 2,5 milhões de reais entre novembro e fevereiro, período em que há um menor número de jogos no calendário do futebol brasileiro.

“Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação”, informou o clube.

A Caixa emprestou inicialmente 400 milhões de reais ao Corinthians para a construção do estádio. Desde o início do financiamento, o clube pagou cerca de 160 milhões de reais. Mas como corre juros a dívida atual está na casa dos 450 milhões de reais.

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“O Sport Club Corinthians Paulista informa que enquanto finalizava negociações com a Caixa para um reperfilamento do financiamento da Arena – processo iniciado nos primeiros dias da atual gestão – foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos”, informou o clube.

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Ninguém questiona as parcelas pagas pela atual gestão, que estão em dia há mais de um ano. “O clube continua aberto a voltar à mesa de negociação, se a Caixa optar por prosseguir a trajetória amigável que juntos vínhamos construindo até aqui”, encerrou a nota corintiana.

O íntegra da nota do Corinthians:

O Sport Club Corinthians Paulista informa que enquanto finalizava negociações com a Caixa para um reperfilhamento do financiamento da Arena – processo iniciado nos primeiros dias da atual gestão — foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos.

Esta mudança de atitude não encontra respaldo na realidade dos fatos. Um acordo preliminar de adequação do contrato ao fluxo de caixa efetivo da Arena havia sido negociado há quase um ano, mas ficou suspenso pela perspectiva da iminente troca de comando da Instituição, à espera da orientação da nova gestão. Desde então, os compromissos vinham sendo honrados, como se os termos do acordo preliminar estivessem vigendo.

Além dos ajustes financeiros, a Caixa requeria a implantação de procedimentos administrativos com os quais o clube esteve sempre de acordo e cuja implementação dependia, como depende, de procedimentos dentro da Caixa até hoje não especificados definitivamente.

Assim, tanto no plano financeiro como no administrativo, o clube sempre se pautou por total transparência quanto à sua atuação operacional e subordinação inconteste a um processo de pagamentos compatível com a realidade financeira do mercado esportivo atual.

Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação.

Ao contrário de inúmeras outras arenas que receberam da mesma linha de financiamento, o clube nunca repudiou sua dívida nem deixou de dialogar com o repassador destes recursos, a CEF, quando dificuldades transitórias se interpunham. Se a CEF escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos.

O clube continua aberto a voltar à mesa de negociação, se a Caixa optar por prosseguir a trajetória amigável que juntos vínhamos construindo até aqui.

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