A punição de ‘transfer ban’ imposta pela Fifa assombra clubes ao redor do mundo, impedindo-os de registrar novos jogadores e complicando o planejamento para as próximas temporadas. A medida, geralmente aplicada por dívidas não pagas em transferências ou disputas contratuais, afeta desde gigantes do futebol brasileiro a equipes de menor expressão em diversos continentes. A lista de punidos é dinâmica, mas serve como um alerta sobre a importância da saúde financeira no esporte.

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Brasileiros na lista de punidos

No cenário nacional, diversos clubes já enfrentaram ou ainda enfrentam o bloqueio da Fifa. O caso mais emblemático recentemente é o do Santos, que foi punido devido a uma dívida com o Krasnodar, da Rússia, pela contratação do meia Christian Cueva. O clube paulista precisou quitar o débito para poder voltar a inscrever atletas.

Outro gigante que viveu situação semelhante foi o Corinthians, que acumulou diferentes pendências que resultaram em bloqueios temporários, exigindo um esforço da diretoria para regularizar as finanças e liberar o registro de reforços. Uma dívida de R$ 34 milhões com o Santos Laguna, do México, pelo Félix Torres, impediu que o clube ficasse um período sem contratar jogadores.

Na última quinta, o clube do Parque São Jorge foi condenado a pagar R$ 6,25 milhões ao Midtjylland, da Dinamarca, por uma dívida na contratação do volante Charles.

Clubes como Cruzeiro e Vasco também já figuraram na lista em anos anteriores, demonstrando que a fiscalização da entidade máxima do futebol é rigorosa. A Raposa sofreu pelo não pagamento ao Independiente del Valle, do Equador, pela contratação do zagueiro Kunty Caicedo; o segundo, junto ao Newell’s Old Boys, da Argentina, pela contratação do meia Juan Sforza.

O Ceará sofreu uma cobrança do Vissel Kobe, do Japão, devido a uma dívida de negociação feita em 2019 pelo atacante Wescley. O time conseguiu encerrar a punição a tempo de começar a temporada 2025 sem punições.

Como funciona o transfer ban?

A sanção da Fifa impede que um clube registre novos jogadores, seja em âmbito nacional ou internacional, por um ou mais períodos de janela de transferências. É importante ressaltar que a equipe punida ainda pode vender ou emprestar atletas do seu elenco, mas fica impossibilitada de trazer substitutos até que a pendência que originou a punição seja resolvida. Na maioria dos casos, o transfer ban é suspenso imediatamente após a comprovação do pagamento da dívida em questão. A medida visa garantir a estabilidade do sistema de transferências e proteger os credores.

Cenário internacional

O problema não é exclusivo do Brasil. Clubes de grande porte no cenário mundial também já foram alvo da sanção. O Al-Nassr, da Arábia Saudita, time de Cristiano Ronaldo, foi um dos que sofreu o bloqueio recentemente por dívidas relacionadas à contratação de jogadores.

Na Europa, equipes como o Olympique de Marseille, da França, e o Colônia, da Alemanha, também já enfrentaram o ‘transfer ban’, o que impactou diretamente seu desempenho em competições como a Champions League e a Bundesliga.

O Barcelona foi punido pela Fifa por contratar atletas estrangeiros com menos de 18 anos, em 2014. Vidal e Arda Turan não puderam ser inscritos nas competições naquela ocasião.

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