O Fukushima United, clube da terceira divisão do futebol japonês, vai ganhar um novo estádio construído inteiramente de madeira. O projeto prevê capacidade para 5 mil pessoas, quatro seções independentes e altura de 16 metros.
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O espaço será desmontável e reutilizável, numa proposta que une inovação arquitetônica e apelo simbólico. A iniciativa surge em uma cidade ainda marcada pelo terremoto e tsunami de 2011, que deixaram 18,5 mil mortos.
O abalo, de magnitude 9, foi o mais forte já registrado no Japão e provocou a crise nuclear na usina de Fukushima, onde reatores superaqueceram e explodiram após perderem o sistema de resfriamento. Até hoje, milhares de moradores não conseguiram retornar às suas casas por causa da radiação.
“É interessante ver que o Japão pretende usar a madeira para construir um estádio, pois os japoneses há séculos constroem grandes edificações, como residências, comércios ou templos. E o cuidado que eles têm com a a conservação é enorme. A madeira é um bom material para construções em regiões de muita atividade sísmica. Devido a sua elasticidade proporcionada pelas fibras alongadas, as tábuas de madeira que são usadas na construção proporcionam boa capacidade de torção e alongamento, retornando ao seu formato original após um curto período”, afirma Marcio Veiga, diretor técnico da Recoma, empresa especializada em infraestrutura esportiva.
O estádio é apresentado pelo clube e pela empresa responsável, a Vuild, como um marco de reconstrução.

Fukushima United com o projeto de estádio feito de madeira – Divulgação / Vuild
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