Para Blatter, o futebol teve efeito positivo em meio ao caos
Presidente da Fifa estava irriquieto ao fazer a avaliação do torneio, nesta sexta. Ele negou ter fugido das manifestações e afirmou que o Brasil passou no teste
“Não sei se a chefe de estado estará aqui. Não sou um profeta, não posso saber se ela virá ao jogo ou não”, disparou Blatter ao ser questionado sobre a presença de Dilma na final
A bateria de perguntas sobre os protestos no Brasil deixou o presidente da Fifa tão cansado quanto os atletas de Espanha e Itália depois da semifinal de quinta-feira, com direito a prorrogação e disputa por pênaltis, no Castelão, em Fortaleza. Irritadiço e impaciente, Joseph Blatter enfrentou nesta sexta novos questionamentos sobre a realização das grandes manifestações populares no país durante a Copa das Confederações. Em entrevista coletiva realizada no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, depois da reunião do Comitê Organizador do torneio, Blatter voltou a dizer que respeita as demonstrações. Desta vez, no entanto, o suíço ainda tentou retratar a competição como um fator positivo em meio ao cenário caótico vivido pelo país. “Ela foi disputada num cenário de agitação social, mas o futebol cumpriu seu papel, teve um impacto positivo, deu emoção aos brasileiros. É por isso que eu digo que o futebol liga as pessoas. Foi um bom torneio e estamos felizes em dizer que voltaremos no ano que vem para a Copa”, afirmou o cartola, sem deixar qualquer margem de dúvida sobre a realização do Mundial de 2014 no país. “Jamais houve incerteza na Fifa sobre parar a Copa das Confederações ou adotar um plano B. Tudo é uma questão de confiança. Estou seguro de que a Copa será um sucesso.”
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