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Morre Zito, ídolo do Santos e da seleção brasileira

Bicampeão mundial pela equipe da Vila Belmiro e pelo Brasil, ex-jogador tinha 82 anos

Morreu na noite deste domingo, aos 82 anos, José Ely de Miranda, mais conhecido como Zito, um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Ídolo do Santos e da seleção brasileira, o volante venceu todos os títulos possíveis ao lado de Pelé na Vila Belmiro e foi bicampeão mundial com a camisa do Brasil. A causa da morte não foi confirmada, mas o ex-jogador estava com a saúde debilitada e chegou a passar mais de um mês no hospital no ano passado por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O velório será realizado na manhã desta segunda, das 8h às 11h, na Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. Depois, o corpo segue para o enterro em Roseira, no interior de São Paulo, cidade natal de Zito.

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O Santos decretou luto oficial de sete dias e, em suas redes sociais, lamentou a morte do ídolo. “Obrigado por tudo, Zito. Descanse em paz, eterno capitão”, postou o clube.

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Exigente e vitorioso – Volante de técnica apurada e de muita raça, Zito foi o grande líder do Santos multicampeão dos anos 50 e 60. Em um time que tinha Pelé como principal referência, era o capitão Zito quem orientava e motivava a equipe dentro de campo. Exigente, o volante não admitia que o time se acomodasse nas partidas mesmo estando em vantagem no placar. Suas broncas nos companheiros eram famosas e nem um já consagrado Pelé escapava das cobranças. A mentalidade vencedora de Zito se traduziu em goleadas e títulos. Durante os seus quinze anos na Vila Belmiro, entre 1952 e 1967, ele conquistou nove Paulistas, cinco Taças Brasil – que mais tarde seriam reconhecidas como Campeonatos Brasileiros -, duas Libertadores e dois Mundiais Interclubes.

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Vitorioso também na seleção, Zito foi titular na maior parte dos jogos do Brasil nas Copas de 58 e 62, conquistando o bicampeonato mundial ao lado de outros craques como Pelé, Garrincha, Didi, Vavá e Nilton Santos. Mesmo não sendo de marcar muitos gols, o volante mostrou estrela na decisão da Copa de 62. Após um cruzamento de Amarildo, Zito apareceu no ataque para escorar de cabeça e marcar o gol da virada sobre a Tchecoslováquia. A final terminaria 3 a 1 para o Brasil.

A relação estreita entre Zito e o Santos, porém, não terminou com a aposentadoria do jogador. Muito tempo depois de pendurar as chuteiras, o ex-volante continuou sendo uma figura importante para o time da Vila Belmiro. Trabalhando nas categorias de base do clube, Zito ajudou a revelar uma nova geração vitoriosa no Santos: Robinho, Diego e Neymar foram algumas das joias lapidadas pelo exigente e vencedor José Ely de Miranda.

Djalma Santos, Zito e Pelé na Inglaterra, em 1963
Djalma Santos, Zito e Pelé na Inglaterra, em 1963 VEJA

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