Arena Palmeiras: polícia e empresas investigam a tragédia
Desabamento que matou um operário aconteceu no setor de arquibancadas preservado do antigo estádio. Trabalhos só serão retomados na quarta-feira
O Palmeiras e a WTorre não conseguiram um alvará de construção, mas só de reforma, o que forçou a manutenção de um setor do velho Palestra Itália. Foi justamente onde aconteceu o acidente de segunda
As obras na Arena Palmeiras, onde um desabamento provocou a morte de um operário na segunda-feira, estão suspensas nesta terça. De acordo com a construtora WTorre, os trabalhos só serão retomados na quarta. A paralisação é uma manifestação de “respeito aos familiares do operário Carlos de Jesus”, diz nota da empresa. A vítima, segundo a WTorre, era funcionário da TLMix, que presta serviço para o fornecimento e montagem dos pré-moldados em concreto à construtora. O local do acidente foi interditado pela Defesa Civil. A polícia vai abrir inquérito para apurar as causas da tragédia ocorrida no canteiro de obras instalado na sede do clube, na Zona Oeste de São Paulo. Além dos peritos da polícia, a WTorre e a TLMix também estão investigando as causas do acidente.
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No ano passado, a reportagem do site de VEJA visitou as obras da nova arena e ouviu reclamações de dois engenheiros sobre a necessidade de manter uma parte do antigo estádio no projeto. De acordo com eles, essa exigência criou dificuldades adicionais – e totalmente desnecessárias – à construção. O fato de a preservação do setor antigo ter sido forçada por uma questão estritamente burocrática causava ainda mais irritação entre os envolvidos na empreitada. Ainda não é possível dizer, no entanto, se o acidente ocorrido na segunda tem ligação direta com as alterações exigidas pela concessão de alvará de reforma. As obras são alvo de dúvidas e discussões desde o início do projeto – o Ministério Público tentou embargar mais de uma vez a entrega da nova arena.
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(Com Estadão Conteúdo e agência Gazeta Press)
