Com gols, Bruno Alves vive protagonismo no Cuiabá e sonha com títulos
Contratado em janeiro, experiente jogador tem sido decisivo na temporada do Dourado e está próximo de primeira conquista pelo clube
O Cuiabá começa nesta quarta-feira, 3, diante do Lanús, na Arena Pantanal, a sua terceira participação na história da Copa Sul-Americana, embalado pela liderança do experiente zagueiro Bruno Alves. Anunciado pelo Dourado em 10 de janeiro, o defensor tem surpreendido pelo bom começo desde a chegada à capital mato-grossense: são três gols e atuações elogiadas em 12 jogos.
Com recentes passagens por Grêmio e São Paulo, o defensor encara um recomeço na carreira após o fim do período de dois anos por Porto Alegre. Aos 32 anos, ele agora assume um papel de protagonismo e pode iniciar 2024 já com a conquista de um título.
“Conseguimos uma vantagem importante no primeiro jogo, mas sabemos das dificuldades e da qualidade do adversário. Temos que entrar com o mesmo pensamento para o segundo jogo, mesmo sabendo que já conseguimos uma vitória. O grupo está ciente disso, temos um outro compromisso antes, mas depois é colocar todas as forças na decisão para buscarmos o título, meu primeiro aqui”, disse à PLACAR.
Tricampeão consecutivo estadual, Alves tem o Paulistão de 2021 com o São Paulo e os Gaúchos de 2022 e 2023 com o Grêmio no currículo. Agora com o Cuiabá, já largou na frente da decisão do Campeonato Mato-Grossense ao vencer o União Rondonópolis por 1 a 0 na primeira partida.
Titular absoluto desde a chegada, o defensor viu os adversários marcarem apenas nove vezes enquanto esteve em campo – 11 como titular e uma entrando durante a partida. Enquanto isso, ajudou ofensivamente, com direito a golaço na vitória contra o Luverdense pela semifinal do Campeonato Mato-Grossense.
O G-O-L-A-Ç-O de Bruno Alves 🎥⚽️🔰 https://t.co/i1vVfnmmKL pic.twitter.com/TdzBZzSkQY
— Cuiabá Esporte Clube (@CuiabaEC) March 24, 2024
Confira os principais trechos da entrevista exclusiva com Bruno Alves:
O que te seduziu no projeto do Cuiabá? O projeto deles é muito bom e tem se consolidado a cada ano, com a permanência seguida na Série A, brigando também em outras competições e sempre nas finais do Estadual. É uma estrutura muito boa, conversei com alguns jogadores e as referências foram as melhores possíveis. Estou muito feliz de estar aqui.
Como tem sido a adaptação ao novo clube e quais são os desafios de disputar um campeonato inédito? A adaptação foi muito rápida. O calor é forte, mas pude entender bem e as coisas foram acontecendo naturalmente. A família também gosta muito da cidade, o povo é acolhedor e estamos conhecendo tudo aos poucos. Esperamos que 2024 possa seguir assim (em boa fase), com grandes resultados.
São três títulos estaduais consecutivos e há chance do quarto. Como está para a decisiva do Mato-Grossense? Conseguimos uma vantagem importante no primeiro jogo, mas sabemos das dificuldades e da qualidade do adversário. Temos que entrar com o mesmo pensamento para o segundo jogo, mesmo sabendo que já conseguimos uma vitória. O grupo está ciente disso, temos um outro compromisso antes, mas depois é colocar todas as forças na decisão para buscarmos o título, meu primeiro aqui.
Qual a expectativa para a estreia na Sul-Americana? Tive experiências recentes com Grêmio e São Paulo de disputar competições internacionais e é algo diferente dentro do clube. É um marco para todos e esperamos fazer uma boa estreia. O primeiro jogo tem sempre aquele frio na barriga, o que é natural, mas depois vai passando e as coisas fluem naturalmente. Dentro da nossa casa, esperamos começar com vitória.
São três gols em 2024. Algo mudou para esse protagonismo ofensivo este ano? Fico feliz pelos gols. É algo que eu trabalho para que possa acontecer, mas sabemos que não é a principal função do zagueiro. Tem acontecido, o último foi muito bonito, e espero que possa acontecer mais vezes este ano. Quero ajudar da melhor maneira, ainda mais no futebol de hoje, que todos têm responsabilidade de ataque e de defesa. A postura é a mesma, com seriedade e dedicação. Talvez pela rápida adaptação e a ótima recepção tenham me deixado mais à vontade para arriscar (risos).
Hoje mais experiente, você já se considera uma liderança no atual clube? Tanto no Grêmio quanto no São Paulo eu pude exercer uma certa liderança, mesmo que do meu jeito, internamente. Aqui tem sido assim também, mesmo com pouco tempo de casa. Procuro ajudar a todos, principalmente os mais jovens, e isso é algo que faço de maneira tranquila, no dia a dia.
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