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Diniz esconde time titular e diz que título da Libertadores não modifica sua vida

Técnico do Fluminense admitiu já ter 11 ideal na cabeça, mas adotou mistério sobre as escolhas e abafou peso por conquista inédita da competição

RIO DE JANEIRO – O técnico Fernando Diniz, do Fluminense, preferiu adotar mistério sobre os 11 titulares que irão a campo na final da Libertadores. Ao lado do zagueiro Nino, o treinador confessou já ter um time ideal nda cabeça, mas não deu pistas sobre as escolhas, e ainda minimizou a influência de uma conquista da competição para a sequência de sua carreira. A decisão da competição sul-americana ocorre neste sábado, 4, às 17h (de Brasília), no Maracanã.

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“Diferente do [Jorge] Almirón (técnico do Boca) vocês vão ter que imaginar. Se a dúvida está aí, vou deixar como está. Com o John Kennedy eu ganharia em profundidade e com um cara de meio mais de recurso para preenchimento. A minha estratégia é colocar o melhor time a cada jogo. Jogamos com o Kennedy contra o Olimpia, ficamos com menos gente no meio, mas não ficamos inconsistentes defensivamente. Agora é outro momento”, explicou.

Questionado se já tinha definido as escolhas, ele foi sincero: “Eu já sei faz um tempinho [o time que joga]”, acrescentou.

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Entre as possibilidades, Diniz pode ir a campo com a equipe no 4-3-3, sistema mais utilizado durante a primeira metade da temporada, com o meio formado por André, Alexsander e Ganso e o trio Keno, Arias e Cano no ataque. Martinelli ainda é opção para a vaga de Alexsander.

A segunda alternativa seria a entrada John Kennedy entre os titulares, deixando apenas André e Ganso no meio, formando assim um 4-2-4.

Com apenas três títulos na carreira – o da Copa Paulista e da Série A-3 do Paulista, ambos em 2009 com o Votoraty, e o Carioca deste ano, contra o Flamengo -, ele acredita que uma possível conquista da Libertadores mudará o status para torcedores, mas que não o deslumbra.

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Diniz e Germán Cano durante o reconhecimendo de gramado - Alexandre Battibugli/Placar
Diniz e Germán Cano durante o reconhecimendo de gramado – Alexandre Battibugli/Placar

“Obviamente o que vai acontecer amanhã modifica o status. Mas o mais importante não é como as pessoas me enxergam, mas como eu me enxergo. Se não fosse assim estaria ansioso. Não é isso que vai modificar a minha vida, uma bola que entra ou não. O que determina é a nossa capacidade de trabalhar para chegar até essa final. Quando cheguei em 1º de maio do ano passado, quem imaginaria que estaria aqui? Sou focado no meu trabalho. A nossa vida não está a mercê do que vai acontecer no jogo de amanhã. Estamos preparados, trabalhamos todos os dias. O dia 4 está em nós desde o ano passado. Espero que de fato os jogadores estejam todos muito unidos para fazer uma grande partida amanhã”, afirmou.

“O Fluminense está esperando quanto tempo por esse título? 64? Temos que entender que só um vai levar”, completou em outro trecho.

Assim como fez após a conquista do estadual, Diniz ainda lembrou que suas maiores conquistas são fora de campo com o relacionamento próximo entre os jogadores.

Nino sorri após as brincadeiras do 'paizão' Diniz: 'ele é completo', diz - Alexandre Battibugli/Placar
Nino sorri após as brincadeiras do ‘paizão’ Diniz: ‘ele é completo’, diz – Alexandre Battibugli/Placar

“Eu sou realizado desde que comecei como técnico. O objetivo central do meu trabalho é esse: as pessoas. Agradedeço muito porque desde o Votoraty mudei a vida de muita gente, esses titulos estao próximos da minha mão. Não dependem da bola que entra, ou que não entra. Isso vamos colecionando, isso depende só da minha vontade. E na construção desses vínculos acabamos ficando mais perto de ganhar. A construção afetiva é um ato contínuo. Fico muito feliz, é algo que preenche muito o nosso coração”, explicou.

Quando o defensor foi questionado sobre como via o trabalho psicológico do atual comandante, ele brincou: “vê lá o que vai falar, hein?” Ao final, novamente cutucou o pupilo: “ufa, nem lembro o que me perguntaram”.

Diniz é treinador há 14 anos e há pelo menos seis comanda equipes da elite do futebol nacional. Antes de surpreender no Audax, em 2016, quando levou a equipe à final do Campeonato Paulista, já chamava atenção pelo espírito competitivo e paternalista nos clubes no início da carreira.

O primeiro trabalho como técnico foi pelo clube da cidade de Votorantim, de pouco mais de 120.000 habitantes no interior de São Paulo. Um ano após se aposentar dos gramados, aos 34 anos, estudioso, mas ainda inexperiente.

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