A Fifa entregou nesta sexta-feira, 5, em Washington, nos EUA, em meio ao sorteio dos grupos da Copa do Mundo, o seu primeiro Prêmio da Paz. Em uma ação muito mais política do que representativa pelo conceito apresentado, o presidente americano Donald Trump recebeu a premiação.
Anteriormente, o presidente Gianni Infantino, havia dito que a nova premiação da Fifa seria um reconhecimento para aqueles que “se esforçam para promover a paz entre os povos”. Ao longo deste ano, Trump revelou seu desejo de vencer o Prêmio Nobel da Paz e fez forte campanha para si mesmo. A vitória da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi abertamente criticada pela Casa Branca.
O presidente americano discursou entusiasmado no palco do Kennedy Center. “É uma das grandes honras da minha vida. A gente realmente salvou vidas, milhares, o Congo é um exemplo disso. Também o acordo entre Índia e Paquistão, tantos outras guerras que a gente ajudou a encerrar – alguns casos antes mesmo delas começarem. É uma grande honra, conheço o Gianni há bastante tempo, ele tem um trabalho fantástico”, iniciou Trump.
“Gostaria de agradecer a minha família, minha primeira dama. Acho que vocês vão ter um evento que o mundo nunca viu. Estamos trabalhando junto com o Canadá e México de forma coordenada, um relacionamento fantástico. Quero agradecer a todos, o mundo é um lugar mais pacífico, há um ano não era assim. Vamos continuar desse jeito””
A amizade de Infantino e Trump
Presença constante na Casa Branca, fosse na posse de Trump fosse em reuniões para o Mundial de Clubes e a Copa do Mundo, Infantino se aproximou do presidente americano. Trump, em uma dessas visitas, quebrou o protocolo reservado a campeões mundiais, e segurou o troféu da Copa do Mundo. “Posso ficar com ela?”, brincou o americano.
Infantino disse naquele momento que Trump “era um vencedor”. Só neste governo de Trump, os EUA intensificaram a política anti-imigração, admitiram anexar o Canadá e invadir o México contra o tráfico de drogas para citar os dois coanfitriões do Mundial.
“Em um mundo cada vez mais instável e dividido, é fundamental reconhecermos a contribuição excepcional daqueles que trabalham arduamente para acabar com conflitos e reunir pessoas em um espírito de paz. O futebol representa a paz e o prêmio e um reconhecimento para aqueles que unem esforços para atingir a paz”, disse Infantino quando anunciou a criação do prêmio.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, posa para foto com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, durante encontro na Casa Branca – 28/08/2018





